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Forte subida dos CTT atira PSI-20 para máximos de três meses
O PSI-20 tocou em máximos de 30 de julho apoiado nos ganhos dos CTT, BCP, EDP e Galp Energia.
A bolsa nacional fechou a valorizar pela segunda sessão consecutiva, com o PSI-20 a atingir máximo de três meses numa sessão em que várias cotadas puxaram pelo índice mas foram os CTT que brilharam.
Com 11 cotadas em alta e seis em queda, o PSI-20 fechou a valorizar 0,48% para 5.082,04 pontos, o que corresponde ao nível mais elevado desde 30 de julho.
Nas bolsas europeias os máximos são ainda mais distantes, já que o Stoxx600 atingiu o nível mais elevado desde maio do ano passado. O índice foi impulsionado pelos resultados de uma série de empresas como a Daimler, a BASF, a Microsoft e a Tesla, que superaram as estimativas dos analistas e que estão a ajudar a aliviar os receios em torno da desaceleração global.
Em Lisboa as ações dos CTT estiveram em destaque, com uma valorização de 4,03% para 2,632 euros. A empresa dos correios atingiu máximos desde 30 de abril nos 2,66 euros, numa altura em que é cada vez menor a pressão dos investidores que apostam na queda dos títulos.
A GLG Partners reduziu a posição curta no capital dos CTT em 16,18% para 0,57% do capital, enquanto a Marshall Wace baixou em 15,94% para 0,58% do capital. Nesta altura são apenas quatro os investidores (todos "hedge funds" internacionais) que estão a apostar na queda das ações da empresa dos correios, controlando m conjunto 3,44% do capital, bem menos do que o registado no passado.
Apesar da forte subida dos CTT, a valorização da Galp Energia foi decisiva para a variação do PSI-20. A petrolífera continua a beneficiar com o anúncio de aumento do dividendo em 10%, sendo que hoje as ações subiram mais 1,88% para 14,125 euros, um máximo de 1 de agosto.
Ainda no setor energético a EDP valorizou 1,05% para 3,641 euros. A elétrica anunciou ontem, após o fecho da sessão, que fechou um contrato para vender energia na Colômbia no âmbito dos dois parques eólicos que a empresa detém no país.
O BCP também fechou em alta, beneficiando com uma nota de research do CaixaBank/BPI que recomenda comprar as ações do banco liderado por Miguel Maya. Os títulos fecharam a ganhar 0,84% para 0,2036 euros, aliviando de uma valorização que chegou a ser superior a 3%.
Destaque ainda para a Jerónimo Martins, que valorizou 0,3% para 14,92 euros, em reação aos resultados apresentados na véspera. A retalhista anunciou, após o fecho da última sessão, que obteve lucros de 302 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que corresponde a uma subida de 3,5% face ao período homólogo. Olhando ao trimestre, os lucros de 121 milhões de euros obtidos superaram os 108 milhões de euros previstos pelos analistas do Goldman Sachs.
Fora do PSI-20, a Cofina alcançou a valorização mais expressiva. Subiu 6,75% para 0,443 euros numa altura em que aguarda a aprovação dos reguladores para avançar com a compra da TVI.