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CaixaBank/BPI corta preço-alvo do BCP em 22% mas recomenda “comprar”

Os analistas desceram o "target" para 26 cêntimos, o que implica ainda um potencial de subida de quase 29%.

Miguel Baltazar
24 de Outubro de 2019 às 11:08
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Os analistas do CaixaBank/BPI cortaram o preço-alvo para as ações do BCP em 22%, mas melhoraram a recomendação, com base numa estimativa positiva para os resultados trimestrais que serão apresentados pela instituição.

Numa nota de research a que o Negócios teve acesso, o CaixaBank/BPI desce o ‘target’ para as ações do BCP de 34 para 26 cêntimos, o que, tendo em conta a cotação de fecho da última sessão (20,19 cêntimos), implica um potencial de valorização de quase 29%.

Os analistas justificam este corte com a pressão dos juros baixos, a incorporação de potenciais perdas relacionadas com a conversão de créditos hipotecários na Polónia - de francos suíços para zlótis – e menores receitas com a atividade em Angola e Moçambique.

A recomendação para as ações melhora, contudo, de "neutral" para "comprar" com base nas estimativas positivas para os resultados e na diminuição dos receios relacionados com o nível de capital.

"Esperamos uma melhoria dos resultados suportada pela redução do NPE [crédito mal parado e outros ativos tóxicos] e do custo do risco em Portugal, e a integração do Eurobank combinada com uma perspetiva económica positiva na Polónia", escrevem os analistas. "As preocupações relacionadas com capital são mitigadas pela recente evolução do rácio CET1 do BCP e a redução do NPA [ativos não rentáveis]". O CaixaBank/BPI adianta ainda que as ações negoceiam com um desconto em relação ao setor na Europa e aos pares espanhóis.

Sobre os resultados do terceiro trimestre, que o banco liderado por Miguel Maya vai apresentar no próximo dia 7 de novembro, os analistas antecipam uma melhoria de 6% na margem financeira, suportada pelo crescimento da concessão de crédito e a consolidação do EuroBank. O NPE deverá ter caído 6% e 8%, no conjunto do grupo e na unidade portuguesa, respetivamente, abrindo caminho à superação do objetivo de cortar em 25% o NPE em Portugal, em 2019.

Para o conjunto de 2019, os analistas esperam lucros de 337 milhões de euros, acima dos 301 milhões de 2018. Para 2020, o número deverá aumentar para 407 milhões e, em 2021, para 477 milhões.

As ações do BCP estão a ganhar 1,63% para 20,52 cêntimos, depois de já terem valorizado um máximo de 1,93% para 20,58 cêntimos, o valor mais alto desde 20 de setembro.

Apesar desta subida, os títulos acumulam uma desvalorização de 10,59% desde o início do ano, em contraciclo com o principal índice nacional, que soma mais de 7% em 2019.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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