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ESFG dispara 17% depois de 18 sessões a afundar

A "holding" que controla o BES começou Abril em alta. Prepara-se para terminar Abril em alta. Contudo, pelo meio, apenas conheceu um sentido: o descendente. Um sentimento que se deveu à imposição de uma provisão de 700 milhões, que empurrou o ESFG para prejuízos.

30 de Abril de 2014 às 10:23
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A sociedade que controla o Banco Espírito Santo, o Espírito Santo Financial Group, está a subir de forma expressiva na Bolsa de Lisboa esta quarta-feira, 30 de Abril. É uma realidade que o banco não registava há já algum tempo, tendo em conta que as 18 sessões anteriores foram sempre passadas em terreno negativo.

 

As acções do ESFG estão a subir 15,38% para negociarem nos 3 euros. As acções já voltaram a superar a barreira dos 3 euros, depois de terem caído dessa fasquia no recente ciclo de perdas. Ontem, as acções encerraram nos 2,60 euros, o preço de fecho mais baixo de sempre em bolsa. Hoje, já tocaram nos 3,05 euros, ao subirem mais de 17%.

 

Já foram negociadas 246 mil acções do ESFG quando, em média, são transaccionadas apenas 68 mil títulos. É o maior volume desde 10 de Abril.

 

Foram 18 sessões consecutivas a perder valor da empresa que deverá ser liderada por Ricardo Salgado até 2020. Desde 1 de Abril que esta sociedade, que é a que se encontra na cúpula do braço financeiro do Grupo Espírito Santo, perdeu 43%. Uma reacção em bolsa que ocorreu depois de, a 25 de Março, o grupo ter anunciado que os resultados de 2013 teriam de acomodar uma provisão especial de 700 milhões de euros para “fazer face a riscos potenciais associados com a sua exposição às actividades não financeiras do Grupo Espírito Santo”.

 

Essa provisão, que visou responder a um risco percepcionado pelo Banco de Portugal, acabou por contribuir para que os prejuízos do ESFG se tenham fixado em 864 milhões de euros no ano passado.

 

A “holding”, que também controla o grupo segurador Tranquilidade, “continuará a trabalhar com o regulador no sentido de melhorar a sua situação consolidada em termos dos fundos próprios de base, para o que se irá concentrar nos seus activos principais, na área bancária”, ou seja, o BES.

 

O ESFG irá manter-se sob avaliação do Banco Central Europeu (BCE) e fará os chamados testes de stress (que fazem uma análise à capacidade de as instituições financeiras aguentarem períodos de dificuldade), isto apesar da intenção revelada de deixar de ter uma posição de controlo no BES através da Bespar (parceria com o Crédit Agricole). Sabe-se já que, caso necessitem, os bancos terão seis a nove meses para reporem as necessidades de capital reconhecidas nesses testes.

 

Entretanto, como o Negócios noticia hoje, um dos aspectos revelados pelo relatório e contas do ESFG é o de que Angola deu uma garantia ao BES de 4 mil milhões de euros, um compromisso que cobre 70% dos créditos do banco em Angola.

 

 

 

 

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