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EDP ganha quase 2% e leva PSI-20 para terreno positivo
O principal índice da praça de Lisboa inverteu a tendência negativa, registada durante a manhã, e segue agora em terreno positivo devido aos ganhos da EDP e da Portugal Telecom.
O PSI-20 inverteu a tendência negativa, que registou durante a manhã, e segue agora a negociar no verde. O principal índice da praça de Lisboa está a valorizar 0,11% para os 6.288,43 pontos, com oito cotadas em alta, 10 em terreno negativo e duas inalteradas.
Na Europa, apenas a praça espanhola e italiana acompanham a tendência positiva de Lisboa. Os restantes índices do Velho Continente encontram-se a negociar no vermelho, com perdas que vão dos 0,06% da praça holandesa até aos 0,67% do índice gaulês.
Em Lisboa, a EDP segue a somar 1,91% para os 2,609 euros e a EDP Renováveis segue a ganhar 0,13% para os 3,96 euros. A proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2014 prevê a criação de uma contribuição extraordinária sobre os operadores do sector energético, que será de 0,85%, sobre o activo fixo tangível e intangível.
Paulo Portas já tinha avançado que este imposto ia ser criado. Após este anúncio do vice-primeiro-ministro, a eléctrica liderada por António Mexia registou em bolsa várias sessões negativas. Agora, e depois de ter sido conhecida a proposta de OE, há analistas que consideram que o impacto da medida para a EDP vai ser menor do que o estimado quando Paulo Portas anunciou a criação desta taxa.
Ainda assim, este imposto será, na visão dos analistas, mais grave para a eléctrica do que para a REN que, está por esta altura a cair 1,68% para os 2,171 euros. A empresa liderada por Rui Cartaxo já comunicou à CMVM que estima que o impacto da contribuição sobre o sector energético seja de 30 milhões de euros em 2014, caso a proposta de OE seja aprovada tal como está.
Ainda no sector energético, a Galp Energia desvaloriza 0,87% para os 12,56 euros. A petrolífera também será afectada por este imposto dado que ele abrange também as empresas que refinem petróleo e armazenem petróleo ou combustíveis. A Galp Energia já reagiu, em comunicado à CMVM, e sublinha que, com “os dados disponíveis neste momento, a estimativa preliminar do impacto decorrente da nova taxa para a Galp Energia poderá ascender a cerca de 35 milhões de euros”.
Neste sentido, a petrolífera vai analisar “em detalhe as medidas, nomeadamente a imposição da contribuição sobre o sector energético, agora propostas e acompanhará a sua discussão pública, com vista a assegurar a adequada protecção do valor dos seus activos e a competitividade destes nos mercados onde actua, incluindo o recurso às instâncias competentes para o efeito”. Os analistas estimam que estas medidas do OE podem reduzir os lucros da empresa em 9%.
A contribuir para o desempenho positivo da bolsa nacional está a Portugal Telecom, que segue a subir 1,05% para os 3,648 euros. No restante sector das telecomunicações, a Zon Optimus ganha 0,18% para os 4,929 euros e a Sonaecom desvaloriza 0,48% para os 2,278 euros.
A Jerónimo Martins, dona dos supermercados Pingo Doce, valoriza 0,63% para os 14,41 euros. Já a concorrente Sonae, dona dos hipermercados Continente, deprecia 0,50% para os 0,987 euros.
A travar maiores ganhos da praça nacional está o sector financeiro. O BES é o banco que mais cai, estando a desvalorizar 1,15% para os 1,029 euros, seguido do BCP que recua 0,92% para os 0,108 euros. Já o BPI perde 0,91% para os 1,09 euros e o Espirito Santo Financial Group, a “holding” que detém o BES, segue inalterada nos 5,22 euros.
Ontem, com a apresentação do Orçamento do Estado para 2014, o sector financeiro ficou a saber que o imposto sobre a banca, criado com o Orçamento para 2011 ainda pelo Governo de José Sócrates, vai ser agravado e o Estado deverá arrecadar mais 50 milhões de euros, sendo que a receita total obtida através deste imposto deverá ser de 170 milhões de euros.