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É oficial: Uber vai para a bolsa

A Uber oficializou junto do regulador norte-americano o pedido de entrada em bolsa. Depois da Lyft em março, chega o tão aguardado IPO da plataforma de transporte em veículos descaracterizados, que poderá vir a ser o maior do ano nos Estados Unidos.

Pedro Catarino/Correio da Manhã
11 de Abril de 2019 às 21:28
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A Uber apresentou esta quinta-feira, junto da Securities and Exchange Commission (SEC) – autoridade reguladora do mercado de capitais norte-americano, equivalente à CMVM em Portugal – o pedido oficial para entrar em bolsa.

 

A notícia foi avançada pela Business Insider e confirma o que se esperava. Ontem, a Bloomberg já dizia que o pedido oficial poderia acontecer hoje e que a Uber espera arrecadar até 10 mil milhões de dólares (8,9 mil milhões de euros) naquele que poderá ser o maior IPO (oferta pública inicial) deste ano nos EUA e um dos dez maiores de sempre no país.

Com efeito, segundo a CNBC, a aplicação de transporte poderá ser avaliada entre 90 e 100 mil milhões de dólares – a acontecer, ficará na lista das maiores estreias em bolsa do setor tecnológico.

De acordo com o propecto da empresa, cujo conteúdo está a ser veiculado pela Business Insider, a Uber será cotada na Bolsa de Nova Iorque com o 'ticker' UBER. A norte-americana, recorde-se, opera não só no transporte em veículos descaracterizados como está também a mergulhar mais a fundo na entrega de comida [com a Uber Eats], carros autónomos e táxis voadores.

A empresa não revela qual o preço a que pretende entrar em bolsa, mas a sua avaliação pode facilmente superar as de anteriores rondas de financiamento - especialmente tendo em conta que no caso da Lyft a procura superou a oferta.

A Uber sublinha também, citada pela Reuters, que conta com 91 milhões de clientes em todo o mundo mas que poderá nunca ser rentável devido à pressão de empresas rivais.

Depois de tornar público o pedido de entrada em bolsa, a Uber avançará para um roadshow – apresentações aos investidores – que deverá ter início na semana de 29 de abril, apurou a agência noticiosa.

Por seu lado, a Bloomberg refere que o Morgan Stanley, Goldman Sachs, Bank of America Merrill Lynch, Barclays, Citigroup, Allen & Company e outros estão entre os interessados em subscrever a oferta.

A Lyft, rival da Uber que actua apenas nos Estados Unidos, estreou-se no passado dia 29 de março a um preço fixado em 72 dólares por ação, o que avaliou a empresa em 24,3 mil milhões de dólares. A empresa angariou 2,34 mil milhões de dólares no seu IPO e disse ter avaliado 32,5 milhões de ações (mais do que estava inicialmente a oferecer) em 72 dólares.

Ao ser avaliada em 24,3 mil milhões de dólares, tornou-se a maior empresa a entrar em bolsa desde o Alibaba Group em 2014.

"O êxito da entrada da Lyft no Nasdaq abre caminho a que outras empresas de Silicon Valley tentem passar a negociar no mercado acionista ainda este ano, como a Pinterest, Slack Technologies e Postmates", sublinhava há duas semanas a Reuters. E, para já, a Uber está a caminho.

(notícia atualizada às 21:57)

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