Opinião
Na corrida à bolsa, a Lyft vai à frente da Uber
A concorrência entre a Uber e a Lyft é intensa. E, nos últimos meses, estendeu-se também à intenção de entrar em bolsa. Mas, para já, nesta frente a Lyft parece levar a melhor.
Isto porque, de acordo com o documento entregue aos reguladores esta segunda-feira, a plataforma eletrónica de transporte quer vender 30,8 milhões de ações, com um preço entre 62 e 68 dólares cada. Uma operação que, a estes valores, poderá ser a maior oferta pública inicial (IPO, na sigla anglo-saxónica) dos Estados Unidos, este ano. A operação pode representar um encaixe máximo de 2,1 mil milhões de dólares e avalia a companhia num máximo de 18,5 mil milhões de dólares. A serem confirmados estes valores, a avaliação da Lyft fica abaixo do que a empresa chegou a ambicionar: uma avaliação entre 20 e 25 mil milhões de dólares. A ambição da Uber é também chegar à bolsa, como já foi amplamente noticiado. Mas o processo parece estar mais atrasado. Ainda assim, a dimensão da operação da plataforma que tem presença em Portugal pode ser significativamente maior. Isto porque, fontes próximas da operação, referem que a Uber pretende conseguir uma avaliação até 120 mil milhões. Para já, a Lyft deverá chegar primeiro e testar o apetite dos investidores.
Jornalista