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Cortes de juros pela Fed pesam mais do que "earnings season" e penalizam Wall Street

Os principais índices norte-americanos voltaram a encerrar em queda, com a postura da Reserva Federal a penalizar o sentimento dos investidores.

Apesar da desaceleração económica, a maioria das projeções antecipa ganhos em Wall Street em 2024.
Brendan McDermid/Reuters
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Os principais índices em Wall Street abriram em alta, mas acabaram por terminar o dia no vermelho, com as perspetivas de cortes de juros pela Reserva Federal a levarem a melhor sobre os resultados positivos de algumas empresas no primeiro trimestre.

O S&P 500, referência para a região, perdeu 0,58% para 5.022,21 pontos, o industrial Dow Jones recuou 0,12% para 37.753,31 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,46% para 15.938,78 pontos. O Nasdaq e o S&P registaram o quarto dia de perdas consecutivo.

Pela negativa, a seguradora norte-americana Travelers caiu 7,41%, depois de o lucro do primeiro trimestre ter ficado aquém das expectativas dos analistas. Ainda a pesar no S&P 500 após terem revelado resultados abaixo do esperado estiveram a Prologis, uma empresa de investimento em imobiliário industrial, que perdeu 7,19% e a Abbott Laboratories que desceu 3,03%, depois de o "guidance" para o acumulado do ano ter desapontado.

Pela positiva esteve a United Airlines que ganhou 17,45%, depois de ter revelado prejuízos abaixo do esperado e receitas acima das estimativas dos analistas.

A subida da companhia aérea norte-americana deu também um empurrão a outras empresas do setor, como a American Airlines, Delta Air Lines e Southwest Airlines que somaram entre 2,6% e 6,6%.

Os investidores estão ainda a avaliar as palavras de Jerome Powell, presidente da Reserva Federal, que afirmou que 
os números da inflação ainda não mostram o alívio desejado e que, por isso, as taxas de juro terão de permanecer elevadas por mais tempo. Depois do discurso de Powell o mercado está a atribuir uma probabilidade de 43% de um corte de juros em julho, segundo a Reuters.

"Os mercados estão a lidar com um conjunto de fatores - a inflação tem sido superior ao esperado, as expectativas de cortes das taxas diretoras estão a diminuir e há um aumento das tensões geopolíticas, particularmente no Médio Oriente", explicou à Reuters Anthony Saglimbene, estratega da Ameriprise Financial.
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