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Connor Clark & Lunn reduz posição curta nos CTT para mínimos históricos

O fundo canadiano voltou a reduzir a sua aposta na queda na empresa liderada por João Bento. Desde julho do ano passado, que a posição curta deste fundo tem vindo a ser reduzida de forma consecutiva.

CTT
20 de Março de 2020 às 14:40
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O Connor, Clark & Lunn voltou a cortar a sua posição curta nos CTT - Correios de Portugal para os 0,54%, na sessão desta sexta-feira, dia 20 de março, o que representa um mínimo desde março de 2017, quando o fundo canadiano entrou na estrutura da empresa liderada por João Bento. 

Segundo a CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) passam a existir um total de 2,87% em posições curtas nos CTT dividido por dois fundos de investimento, um mínimo desde dezembro do ano passado. À Connor, Clark & Lunn, que passa agora a deter 0,54% em posições curtas, junta-se o fundo BlackRock Investment Management com um total de 2,33%.

O número de fundos com participações a descoberto na empresa portuguesa tem vindo a diminuir de forma exponencial. Em agosto do ano passado totalizavam-se sete fundos com posições curtas na empresa, que compara com os dois atuais.

Foi também a partir desse momento, que as ações do operador postal conheceram uma robusta valorização. Desde que atingiram os mínimos históricos em agosto de 2019, as ações dos CTT escalaram 82% até ao final do ano. No primeiro trimestre de 2020, as ações voltaram a desvalorizar, à boleia do contexto geral de quedas em todo o mundo, devido ao coronavírus. 

Hoje, as ações dos CTT já oscilaram entre uma queda de 1,01% e um ganho de 5,30%. Mas por esta altura, assumem uma tendência ligeiramente positiva (+0,74%) a negociar nos 1,90 euros por ação.

Até ao momento foram negociadas 870.554 ações, um valor superior à média diária dos últimos seis meses fixada nas 658.633 ações. 

Devido ao momento atual de fortes quedas nos mercados financeiros em todo o mundo, os reguladores de alguns países europeus, como França, Espanha e Itália, estão a banir a entrada de novas posições curtas, ou "short selling", nas empresas cotadas em bolsa, para impedir que as quedas sejam ainda mais avolumadas, num momento de grande volatilidade nos mercados.

Em Portugal, para já, a CMVM não atuou nesse sentido, mas garantiu ao Negócios estar a avaliar a evolução do mercado e disse que iria adotar "todas as medidas consideradas necessárias".

No entanto, a ESMA (Autoridade Europeia de Mercados de Valores Mobiliários) decidiu que a constituição de participações a descoberto superiores a 0,1% terão que ser reportadas à CMVM. 
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