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CMVM: Risco de fraude digital vai continuar elevado em 2021

O risco de fraude digital aumentou exponencialmente em 2020 e deverá continuar em níveis elevados durante este ano, antecipa a CMVM.

A entidade liderada por Gabriela Figueire      do Dias avançou com uma revisão dos montantes pagos à CMVM pelos seus serviços.
Mariline Alves
19 de Janeiro de 2021 às 14:05
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A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) registou no ano passado um forte crescimento das tentativas de fraude digital. Um risco que não saiu do radar do regulador, uma vez que a expectativa é que as tentativas de fraude através destes canais à distância permaneça em níveis elevados, em 2021.

 

São cada vez mais os investidores que recorrem a canais digitais para realizar orden de investimento. Segundo a CMVM, o peso das ordens transmitidas através da internet aumentou 96,1% no terceiro trimestre de 2020, face a 2019, sendo que "este passou a ser o principal canal utilizado para a transmissão de ordens (o respetivo peso no total passou de 14,5% em 2019 para 34,3% no terceiro trimestre de 2020), o que não pode deixar de estar associado ao período de confinamento social".

 

Segundo o regulador, "é expectável que alguns recentes utilizadores dos meios digitais os continuem a usar após o regresso a um novo normal. Acresce ainda que os jovens investidores, que cresceram a usar os meios digitais, são igualmente utilizadores mais intensivos das plataformas digitais e de negociação, o que colocará risco acrescido aos operadores de mercado mais tradicionais".

 

 No entanto, esta evolução traduz-se em riscos. "O risco de comercialização desadequada de produtos financeiros face ao perfil dos investidores tende a aumentar subsequentemente a uma crise. É também comum verificar-se um aumento da comercialização de produtos financeiros (cada vez mais) complexos, pelo que se torna fundamental perceber a evolução das respetivas condições associadas (informação e preço) e informar os investidores sobre os riscos que daí decorrem", aponta a CMVM.

 

O regulador alerta ainda que "o aumento da intermediação financeira via plataformas alternativas a operar fora da regulação nacional adensa ainda mais estes riscos, matéria que será cada vez mais importante num futuro próximo".

 

Os riscos de fraude digital deverão também continuar a evidenciar-se, merecendo atenção redobrada do regulador e dos investidores. "Os riscos operacionais e a possibilidade de fraude e intrusão digi- tais aumentam num contexto de teletrabalho (que se antevê vir a ser uma práti- ca que, pelo menos parcialmente, continuará no futuro) e de utilização acrescida por clientes e investidores dos canais digitais. Tal reforça a necessidade de ade- quada adoção de planos de continuidade de negócios pelos operadores de merca- do e a monitorização da sua eficácia pelos supervisores", conclui a CMVM.
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