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BPI ganha mais de 3% após subida do preço da OPA

As acções do BPI reagiam em alta à nova contrapartida da oferta lançada pela instituição financeira espanhola.  

Paulo Duarte/Negócios
22 de Setembro de 2016 às 17:04
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As acções do BPI fecharam a subir 3,57% para 1,13 euros por acção numa sessão em que tocaram nos 1,133 euros, 0,1 cêntimos abaixo do novo preço da OPA do CaixaBank.

 

A instituição financeira espanhola teve de aumentar em 1,9% a contrapartida da operação (inicialmente em 1,113 euros) porque, com a desblindagem dos estatutos decidida pelos accionistas, o CaixaBank passou a ter 45,5% dos direitos de voto, logo a OPA passou a obrigatória, um regime que tem uma definição de preço mais rigorosa do que quando se trata de uma operação voluntária.

 

Apesar de não ter superado o novo valor da OPA, as acções do BPI tocaram esta quinta-feira no valor mais elevado desde 15 de Agosto. A valorização permitiu à capitalização bolsista do banco liderado por Fernando Ulrich subir para 1.646 milhões de euros.

 

A evolução positiva do BPI contribui para os ganhos do PSI-20, que fechou o dia a ganhar 1,36%. Em sentido inverso e a contrariar o dia positivo na banca, o CaixaBank desvalorizou 3,14% para 2,346 euros. Já depois do fecho o banco espanhol anunciou que irá vender perto de 10% do seu capital para financiar a OPA ao BPI.

 

O Royal Bank of Canada acredita que, com o valor que os catalães vierem a gastar, haverá uma quebra do rácio de referência da solvência, o Common Equity Tier 1, o que obrigará a necessidades de 2 mil milhões de euros para que ele volte aos números actuais. O Citi também abre a necessidade de um eventual aumento de capital do CaixaBank, segundo a Bloomberg. Contudo, esse será um último recurso já que poderá tentar cobrir as necessidades com vendas de activos. 

Certo é que a OPA não traz grandes dúvidas ao mercado. "É nosso entendimento que a oferta do CaixaBank venha a ser concluída com sucesso", comenta André Rodrigues do CaixaBI, na nota de "research" desta quinta-feira. Paulo Rosa, da GoBulling, acredita que é difícil uma não aceitação por parte dos accionistas na oferta. Albino Oliveira, da Fincor, diz que, com o poder do CaixaBank, há menos riscos pela frente no BPI.

 

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