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Bolsas europeias recuam de máximo histórico
Depois de na passada sexta-feira o Stoxx 600 ter negociado em máximos históricos, esta manhã está a negociar no vermelho. A descida das acções do sector mineiro e a queda das exportações chinesas estarão a pressionar a evolução do Velho Continente.
As acções europeias estão esta segunda-feira, 13 de Abril, a negociar no vermelho. O Stoxx 600, o índice de referência na Europa, cede 0,25% para os 411,90 pontos, atenuando assim os ganhos registados na semana passada. Na última sexta-feira, 10 de Abril, este índice negociou nos 413,03 pontos, o valor mais elevado em que as bolsas europeias alguma vez transaccionaram. Ainda assim, o Stoxx 600 continua a avançar mais de 20% no ano. O Negócios escreve esta segunda-feira que os analistas estimam que o índice de referência para a Europa possa ainda subir mais 3% até ao final do ano.
Esta evolução, que conduziu a máximos na semana passada, foi suportada sobretudo pelo programa de flexibilização quantitativa promovido pelo Banco Central Europeu (BCE) que tem conduzido a moeda única para descidas sucessivas. Além disso, a semana passada ficou marcada por fusões e aquisições que animaram os investidores. A Royal Dutch Shell acordou a compra do BG Group por 47 mil milhões de libras (cerca de 64,2 mil milhões de euros) em dinheiro e acções, o que representa o maior negócio da indústria de gás e petróleo da última década.
Esta manhã, apenas o espanhol Ibex 35 negoceia no verde, somando menos de 0,50%. As restantes praças estão a registar perdas ligeiras, inferiores a 0,50%. A pressionar o comportamento das acções europeias está a queda das empresas do sector mineiro, de acordo com a Bloomberg. A BHP Billiton perde mais de 1,5% e a Rio Tinto desce mais de 1%.
Além disso, a marcar o dia nos mercados estão dados económicos da China. As exportações chinesas caíram de forma inesperada no mês de Março, isto depois de dois meses consecutivos de crescimento. As vendas ao exterior da China em Março recuaram 14,6% em comparação com o mesmo mês de 2014, de acordo com os dados publicados esta segunda-feira, 13 de Abril, pela administração alfandegária chinesa e citados pela Bloomberg.
Este valor fica muito aquém das estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, já que, em média, os especialistas antecipavam um crescimento de 8,2%. Esta evolução das exportações está a fazer com que o mercado tema que o comportamento da economia chinesa no primeiro trimestre tenha sido desapontante, escreve o Financial Times (FT).
Em relação às importações, verificou-se também uma queda. As compras de bens ao exterior recuaram 12,3% em Março face ao mesmo período do ano passado."