As bolsas europeias fecharam esta quarta-feira no vermelho, penalizadas pela decisão grega de suspender temporariamente as emissões da tv e rádio públicas, que relançaram as preocupações em torno da estabilidade do Governo grego. Também a pesar sobre a Grécia esteve o facto de, pela primeira vez, a classificação de um mercado desenvolvido ter baixado para mercado emergente. A queda de mais de 80% da bolsa de valores desde 2007 e a opção da Coca-Cola da Grécia pela bolsa de Londres terá sido determinante.

O Stoxx Europe 600, índice que reúne as 600 maiores empresas do continente, perdeu 0,36% para 290,68 pontos, registando uma perda de 6,5% desde 22 de Maio, fruto da especulação em torno do corte nos estímulos por parte da Reserva Federal (Fed) dos EUA.

“Os mercados estão a sentir-se desconfortáveis face aos desenvolvimentos na Grécia”, afirmou Ishaq Siddiqi, estratega da ETX Capital, em Londres. Os investidores estão preocupados “que o país possa escorregar nos seus objectivos do ano com os credores internacionais”.

Pela positiva, a produção à saída das fábricas na Zona Euro subiu em Abril face ao mês anterior, surpreendendo os economistas pela positiva. Já em Portugal, o indicador sofreu a terceira maior queda da União Europeia, embora tenha registado a quarta maior subida em termos homólogos.

A bolsa grega e a italiana foram as que mais perderam, com o ASE/FTSE e o MIBTEL a depreciarem 3,67% e 1,61% para 293,53 pontos e 16.024,03 pontos, respectivamente.

Na Alemanha, o DAX desvalorizou 0,96% para 8.143,27 pontos, enquanto o Tribunal Constitucional continua a discutir a legalidade do programa do BCE que Portugal pretende adoptar.

Em Londres, o FTSE seguiu no vermelho, a perder 0,64% para 6.299,45 pontos, num dia em que no  Reino Unido, os pedidos para o subsídio de desemprego diminuíram pelo sétimo mês consecutivo.

O CAC40, o índice francês, registou perdas 0,44% para 3.793,70 pontos.