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Bolsas japonesas afundam na pior sessão desde Novembro de 2016
Depois de Wall Street ter registado ontem a sessão mais violenta desde 2011, as bolsas japonesas não escaparam às perdas tendo os dois principais índices afundado mais de 4%, a maior queda desde 2016.
Esta segunda-feira, o dia foi negro nas praças europeias e norte-americanas. Na Europa, as bolsas registaram a queda mais forte desde Julho de 2016. Nos Estados Unidos, Wall Street sofreu a queda mais violenta desde 2011 e Wall Street perdeu mais de 1 bilião no dia da queda recorde de mais de mil pontos do Dow Jones.
Esta terça-feira, 6 de Fevereiro, o cenário na Ásia abre a possibilidade uma sessão idêntica de perdas na Europa. No Japão, o Nikkei fechou a tombar 4,73% para os 21.610,24 pontos, tendo registado a maior queda desde Novembro de 2016. Este índice caiu 10% face ao máximo de 26 anos alcançado a 23 de Janeiro deste ano. O nipónico Topix desvalorizou 4,40% para 1.743,41 pontos, tendo atingido também a maior queda desde Novembro de 2016.
As bolsas japonesas acompanharam assim as perdas das congéneres norte-americanas e europeias. Os receios crescentes dos investidores em torno da inflação nos Estados Unidos - que poderá levar a uma subida mais rápida das taxas de juro de referência por parte da autoridade monetária norte-americana (Fed) - continua a dominar as atenções e a pressionar a evolução das bolsas pelo globo.
Toshio Sumitani, da Tokai Tokyo Research Institute, disse à Bloomberg "que os investidores estão a diminuir as suas posições ao nível mundial dado que o mercado de acções subiu demasiado". "A venda é um convite a continuar a vender. A correcção das acções japonesas provavelmente vai continuar até ao final de Março", acrescentou.
Toshihiko Matsuno, da SMBC Nikko Securites, citado pela agência de informação, avança que "o mercado está a incorporar rapidamente os receios em torno da inflação e possivelmente a piorar a economia norte-americana dado que a subida das ‘yields’ das obrigações norte-americanas foi demasiado rápida". "Os receios em torno da maior economia do mundo podem afectar consideravelmente a economia japonesa, o que é muito negativo para as acções japonesas", acrescentou.
Entre as cotadas nipónicas, destaque para a Sony que resvalou 4,17% no fecho da sessão, a Keyence desceu 4,6% e a Shiseido recuou 6,4%.
Nota ainda para as praças chinesas que, para já, registam quedas acentuadas. Em Hong Kong, o Hang Seng, desce 4,11%. E em Xangai, o Shanghai Stock Exchange Composite perde 3,35%.