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Bolsas dos EUA recuam com receio de "tapering" da Fed
As bolsas do outro lado do Atlântico encerraram em baixa, pressionadas pelo receio de que a Fed retroceda mais cedo do que o esperado na sua política acomodatícia.
O índice industrial Dow Jones terminou o dia a ceder 0,43%, para 34.879,38 pontos, quebrando assim o patamar dos 35.000 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 recuou 0,46%, para 4.493,28 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite deslizou 0,25% para se fixar nos 15.248,25 pontos. Isto depois de, na sessão de terça-feira, ter atingido um máximo histórico nos 15.403,44 pontos.
Os novos dados do mercado laboral dos EUA, divulgados esta quinta-feira, revelaram que os pedidos de subsídio de desemprego caíram na semana passada para perto de mínimos de 18 meses. O Departamento norte-americano do Trabalho referiu que as solicitações deste apoio estatal diminuíram em 35.000, para 310.000, na semana terminada a 4 de setembro, o que correspondeu ao mais baixo nível desde meados de março de 2020.
Apesar de este indicador acalmar a preocupação de desaceleração da retoma económica, o facto é que também intensifica os receios de que a Reserva Federal norte-americana possa começar a retirar [o chamado ‘tapering’] os seus estímulos (compra de dívida) mais cedo do que o previsto – o que pesou no sentimento dos investidores.
A Microsoft e a Amazon caíram 0,99% e 1,17%, respetivamente, estando entre as cotadas que mais pesaram no S&P 500 e no Nasdaq.
Esta quinta-feira, a gigante do comércio eletrónico Amazon anunciou que quer pagar quatro anos de propinas universitárias à maioria dos seus cerca de 750.000 trabalhadores que são pagos à hora nos EUA. Trata-se da mais recente grande oferta de uma entidade empregadora norte-americana no sentido de atrair e reter os seus funcionários "em regime horista" num mercado laboral apertado.
Já a Microsoft anunciou o adiamento do regresso dos seus trabalhadores aos escritórios nos EUA devido à covid-19. Ao mesmo tempo, anunciou novas funcionalidades para o Teams.
Ainda nas tecnologias, a Apple também cedeu terreno, fechando com uma desvalorização de 0,67% para 154,07 dólares. A tecnológica liderada por Tim Cook, recorde-se, vai divulgar novos produtos a 14 de setembro.
A pesar no desempenho bolsista do S&P 500 estiveram também os segmentos do imobiliário e dos cuidados de saúde, a caírem mais de 1%. Já o setor financeiro registou um ganho modesto, animado pela subida dos juros da dívida soberana dos EUA, ajudando a travar as perdas em Wall Street.