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Lagarde anima mas não entusiasma Europa. Dólar perde combate contra três principais moedas
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Dólar perde combate contra três principais moedas
O dólar está esta quinta-feira a perder face às três principais divisas contra as quais negoceia. A maior desvalorização acontece frente à libra esterlina, onde regista uma queda de 0,61%. A moeda norte-americana perde também contra o iene (-0,74%) e contra o euro (-0,13%).
É uma inversão da tendência de valorização registada pela divisa dos Estados Unidos nas últimas sessões, que tinha sido impulsionada pela subida nas yields dos títulos do Tesouro dos EUA a 10 anos e pela incerteza que existia face ao anúncio do BCE. Esta ligeira queda é, assim, uma correção dos mercados, agora que já sabem a direção que o regulador vai tomar.
A moeda única europeia vale, neste momento, 1,1831 dólares, um pouco acima do valor com que arrancou a negociação do dia.
Europa pouco animada com anúncio do BCE
As principais bolsas europeias reagiram pouco ao desacelerar da compra de dívida pelo Banco Central Europeu. Após o anúncio de Christina Lagarde, a maioria das praças ganhou fôlego, mas várias não chegaram a terreno positivo.
O Stoxx 600 fechou quase nulo, nos 0,04% negativos. Ao longo do dia, chegou a cair 0,9%. O setor do imobiliário (+1%), o consumo (+0.8%) e a indústria (+0.6%) foram os que ajudaram na subida. A saúde (-0,9%) registou a maior queda. Também a energia pressionou a descida, acabando o dia a perder 0,8%, em reação ao anúncio da China, que vai leiloar stocks estatais de petróleo para ajudar os refinadores.
Entre as principais praças europeias, o índice inglês FTSE 100 foi o que protagonizou a maior derrapagem, terminando o dia a cair -1,03%. O espanhol IBEX 35 cedeu 0,43%. Também os índices grego (-0,63%) e holandês (-0,23%) registaram pequenas baixas. Em sentido contrário, estiveram o alemão DAX (+0,08%), o francês CAC 40 (+0,24%) e a bolsa italiana (+0,13%).
O PSI-20 encerrou a perder 0,45%, para os 5.339,36 pontos, com apenas três das 18 cotadas a fecharem positivas.
Petróleo regressa aos ganhos mas China contém ímpeto
Os preços do "ouro negro" seguem em alta, sustentados sobretudo pela queda das reservas norte-americanas de crude. Mas o anúncio da China de que irá leiloar stocks estatais para ajudar os refinadores está a conter o movimento de subida.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em outubro avança 0,59% para 69,71 dólares por barril.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,39% para 72,88 dólares.
A contribuir para animar o mercado está o facto de as reservas norte-americanas de crude terem diminuído em 1,53 milhões de barris na semana passada.
No entanto, a Administração chinesa das reservas estatais de crude anunciou hoje que vai libertar parte das suas reservas para o mercado, através de leilões públicos, de modo a reduzir a pressão dos elevados custos para os refinadores nacionais, o que travou o ímpeto altista dos preços nos mercados internacionais.
Trata-se de uma medida sem precedentes, uma vez que Pequim nunca tinha recorrido às suas reservas petrolíferas, mas agora considera necessário para diminuir a pressão sobre as refinarias do país, o que irá potencialmente reduzir a procura ao exterior.
Este ano, a China já libertou os stocks de outras matérias-primas com o intuito de fazer descer os preços.
Bons dados do mercado laboral nos EUA sustentam ouro
O metal amarelo está a negociar em alta, depois de três sessões no vermelho, e está a ser impulsionado sobretudo pelos novos dados do mercado laboral dos EUA, que revelaram que os pedidos de subsídio de desemprego caíram na semana passada para perto de mínimos de 18 meses.
O ouro a pronto (spot) segue a ganhar 0,2% para 1.792,76 dólares por onça no mercado londrino e já chegou a tocar hoje nos 1.800,69 dólares.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro somam 0,32%, para 1.796,40 dólares por onça.
O dólar cedeu um pouco de terreno, o que tornou o ouro mais barato para quem negoceia com outras moedas. Já o euro regista ganhos modestos depois de o BCE ter dito que vai desacelerar o ritmo de compras mensais de dívida no âmbito do seu programa de compras de emergência pandémica (PEPP).
Lagarde alivia juros na Europa
O rumo decidido esta quinta-feira pelo BCE de, citando Christine Lagarde, "recalibrar" o programa de compra de dívida, mas não se tratando de um "tapering", deu alívio às yields das dívidas soberanas na Zona Euro.
No caso de Portugal, a yield da dívida com maturidade de 10 anos recuou seis pontos base, para 0,194%, afastando-se dos máximos de dois meses da véspera. Na vizinha Espanha a descida foi ainda mais acentuada, com um decréscimo de 6,5 pontos, para 0,299%.
A queda mais abrupta, contudo, pertenceu a Itália, com os juros a descerem 8,7 pontos base, até aos 0,664%.
Já as "bunds", obrigações de dívida alemã que servem de referência na Europa, aliviaram 3,8 pontos, para os -0,363%.
Wall Street arranca sessão "flat". Número de pedidos de desemprego nos EUA surpreendem
Os três principais índices dos Estados Unidos arrancaram a sessão "flat", com o Dow Jones a avançar 0,11% para 35.067,91 pontos, o tecnológico Nasdaq a apreciar 0,14% para 15.307,71 pontos. Já o S&P 500 aprecia 0,17% para 4.521,89 pontos.
Ao mesmo tempo em que os investidores estão ainda a digerir as declarações de Christine Lagarde, a líder do BCE, os números de pedidos de desemprego surpreenderam, com os dados a ficarem abaixo das estimativas.
Os pedidos de desemprego nos Estados Unidos atingiram os 310 mil na semana passada, abaixo das estimativas dos analistas da Reuters, que apontavam para 335 mil pedidos. O número de pedidos de desemprego até dia 4 de setembro foi o mais baixo em quase 18 meses.
Trata-se de uma redução de 35 mil pedidos, face aos pedidos registados na semana anterior. Neste momento, há cerca de 8,4 milhões de desempregados nos Estados Unidos.
Mesmo com o número de pedidos a recuar ao longo dos últimos meses, já longe dos 6,149 milhões de pedidos no início de abril de 2020, estes dados continuam a estar acima da faixa de 200 mil a 250 mil, vista como um mercado laboral em boas condições.
Europa pintada de vermelho, com apenas um dos setores
As principais bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, num dia em que a espera pelas conclusões da reunião do BCE está a marcar o dia.
Com os investidores de olhos postos na hora da conferência de imprensa de Christina Lagarde, que lidera o banco central, o Stoxx 600 está a cair nesta altura 0,44%. Apenas um setor está a fugir a esta "onda" vermelha, o imobiliário, que regista ganhos de 0,53%.
Em sentido contrário, o setor das viagens é aquele que mais pesa, a recuar 1,34%. As ações de empresas como a easyJet estão a cair cerca de 9%. O setor e petróleo e gás é o segundo que mais desvaloriza, a cair 1,17%.
Entre as principais praças europeias, o índice espanhol IBEX 35 é aquele que mais cede, a desvalorizar 1%. O inglês FTSE 100 derrapa 0,98%, o alemão DAX 0,29%, o francês CAC 40 0,38% e a bolsa italiana 0,48%.
Juros da dívida a aliviar na Europa. "Yield" de Portugal nos 0,25%
Os juros da dívida de vários países da Zona Euro estão a aliviar na sessão desta quinta-feira.
Os juros da dívida alemã, as "bunds" germânicas, estão a descer 0,6 pontos base, para -0,331%.
Já em Itália, os juros da dívida com maturidade a dez anos estão a recuar 0,9 pontos base para 0,742%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida espanhola a dez anos cedem 0,3 pontos base para 0,360%. A "yield" de Portugal também a dez anos recua 0,4 pontos base para 0,250%.
Furacão Ida e receios sobre a procura fazem o petróleo deslizar
As consequências do furacão Ida, que afetou a costa do Louisiana e o Golfo do México, estão a pesar no preço do "ouro negro".
Esta manhã, o WTI, que é negociado em Nova Iorque, está a deslizar 0,35% para 69,06 dólares. Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a desvalorizar 0,14% para 72,50 dólares.
Mais de uma semana depois da passagem do Ida, cerca de 77% da produção em offshore na região continua encerrada, refere o Bureau of Safety and Environmental Enforcement. Em comparação, quando o furacão Katrina passou pela região em 2005, cerca de 60% da produção de petróleo e de 40% de gás foi suspensa devido ao furacão, indica a agência Bloomberg.
Euro em alta muito ligeira com investidores à espera do BCE
A moeda única europeia está avançar 0,06% face ao dólar norte-americano, para 1,1823 dólares. Também nesta divisa é notório o sentimento de espera pela conferência de imprensa do Banco Central Europeu, com os investidores a aguardar por indicações sobre uma possível retirada de estímulos.
Ainda no velho continente, a libra esterlina está a valorizar 0,16% face ao dólar, nos 1,3793 dólares.
O dólar norte-americano está a ceder 0,02%, depois de ter registado uma tendência de subida ao longo das últimas sessões.
Ouro negoceia de forma estável mas ainda abaixo da fasquia dos 1.800 dólares
O ouro está a avançar 0,11% nesta altura, com a onça a negociar nos 1.791,23 dólares. Esta é a terceira sessão consecutiva em que este metal precioso está a negociar abaixo dos 1.800 dólares.
O ouro tem vindo a ser pressionado pela alta do dólar ao longo desta semana. A juntar a isto, o facto de hoje estar na agenda do dia a reunião do BCE sobre política monetária também poderá motivar algum tipo de variação no preço do ouro, antecipam os analistas.
Futuros da Europa apontam para abertura em terreno negativo em dia de reunião do BCE
Os futuros das principais praças europeias apontam nesta altura para uma abertura em terreno negativo, num dia em que a reunião do Banco Central Europeu (BCE) e a conferência de imprensa de Christine Lagarde prometem marcar o dia. A questão que mais paira na mente dos investidores está ligada ao tema dos estímulos à economia, com interrogações sobre quando é que poderá haver alterações nesta área.
Na Ásia, a sessão foi negativa, num dia em que as ações das tecnológicas chinesas voltaram a cair perante a pressão regulatória de Pequim. Com os reguladores a alertar empresas como a Tencent e a Netease de que devem pôr um fim ao foco nos lucros na área dos jogos, as ações destas empresas afundaram. A Tencent, que detém participações em alguns dos maiores estúdios de jogos, caiu mais de 5% nesta sessão.
O índice Hang Seng cedeu 1,9% enquanto o Xangai Composite fechou inalterado. No Japão, o Topix caiu 0,7% e o Nikkei 0,51%.