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Bolsa nacional recua mais de 3% no saldo da semana

O principal índice da bolsa nacional abriu o ano em queda, tendo recuado pela segunda semana consecutiva. O PSI-20 afundou mais de 3% no saldo da semana, com a Mota-Engil e a Galp a liderar as perdas.

Miguel Baltazar/Negócios
08 de Janeiro de 2016 às 18:07
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2016 não começou da melhor forma para o PSI-20, que fechou a primeira semana do ano com uma queda de 3,53%. A bolsa nacional fechou esta sexta-feira a cair 0,30% para 5.125,59 pontos, acompanhando a tendência das congéneres europeias.

As bolsas europeias terminaram a semana com uma desvalorização de 6,5% [o índice Stoxx 600], o pior desempenho desde Agosto de 2011, perante o agravamento das preocupações em torno da China.


Com 13 cotadas em queda e quatro em alta, as cotadas que mais recuaram esta semana foram a Mota-Engil (-11,58%) e a Galp (-9,84%).

A construtora opera no mercado angolano, onde o kwanza registou, no início da semana, a maior queda desde os atentados terroristas de Nova Iorque em 2001, depois de o banco central ter permitido a desvalorização cambial.

A somar a isto, está a quebra nas vendas e as dificuldades em receber e transferir dinheiro no país. Por outro, as dificuldades financeiras de Angola estão a limitar as vendas das empresas portuguesas para o país, que caíram 33% nos primeiros 11 meses de 2015.


No caso da Galp, a empresa recuou 9,84% numa semana em que o petróleo registou quedas consecutivas, tendo o brent chegado a tocar em mínimos de 2003, nos 32,16 dólares por barril.

Apesar da semana negativa, a JP Morgan subiu a recomendação da Galp Energia para "overweight" (comprar) e a avaliação para 11,20 euros. Segundo o banco, a empresa portuguesa está menos exposta à queda dos preços do petróleo do que a generalidade do sector.

As quedas estenderam-se também à EDP, que recuou 3,34% no cômputo da semana, e a EDP Renováveis caiu 0,77%. No entanto, a energética liderada por António Mexia viu o CaixaBI subir o preço-alvo para 3,65 euros, devido ao seu negócio "sólido e diversificado".

A REN por sua vez escapou às quedas, tendo valorizado 1,98% no saldo da semana.

No sector bancário, a semana foi de quedas, com o BCP a cair 5,68% e o BPI a recuar 3,30%, numa semana em que o banco liderado por Fernando Ulrich respondeu a Isabel dos Santos, prometendo "analisar" a proposta da Unitel de comprar dos 10% do BFA por 140 milhões, oferta que lhe garante o controlo da instituição angolana. Ficou a saber-se também esta semana que as contribuições dos bancos para o Fundo de Resolução vão aumentar este ano.

A Pharol recuou 7,38%, na semana em que anunciou que avançou com um processo contra a Deloitte, no âmbito do caso Rioforte, onde acusa a empresa de violação dos deveres contratuais como auditora externa da PT.


Apesar do Barclays ter subido a avaliação dos CTT de 9,40 para 10 euros por acção, a empresa não escapou à tendência negativa, tendo recuado 5,36% no cômputo da semana.

A Nos, por sua vez, caiu 2,07%.

No sector do papel, todas as cotadas que compõe o PSI-20 fecharam a semana no vermelho, sendo que a Altri caiu 4,59%, a Portucel desvalorizou 3,87% e a Semapa perdeu 2,48%.

No sector do retalho, o sentimento foi misto, com a Sonae a cair 0,57% e a Jerónimo Martins a avançar 0,71%, numa semana em que o CaixaBI recomendou "comprar" Jerónimo Martins e apontou para um aumento das vendas da retalhista dona da cadeira de supermercados Pingo Doce.

Além da Jerónimo Martins e da REN, também a Impresa contrariou a tendência negativa desta semana, tendo somado 5,10%. O mesmo aconteceu com a Teixeira Duarte, que avançou 0,64%.

 

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