A Bolsa nacional inverteu a tendência de subida inicial com redução da confiante dos investidores na recuperação do mercado. O índice PSI20 caía 0,2% em contra ciclo com a principais praças europeias.

O índice nacional cotava nos 7.048,69 pontos com uma desvalorização de 0,2% depois de ter iniciado a sessão de hoje com subidas de 0,37%.

Contactado pelo Negocios.pt, um operador de mercado explicou esta inversão, «pela tomada de mais valias e do retorno ao pessimismo no seio dos investidores».

«Falta ainda confiança nos investidores», acrescentou a mesma fonte.

A subida inicial da Bolsa nacional «não chegou a atingir níveis da valorização das praças europeias», pelo que a tendência de queda das acções do Banco Comercial Português (BCP) e Portugal Telecom (PT) arrastam o PSI20.

A valorização do Nasdaq, índice norte-americano contagiou na abertura o comportamento das Bolsas na Europa, mas não foi capaz de sustentar a tendência da Bolsa nacional.

A revisão em alta da taxa de inflação na Zona Euro para o intervalo entre 2,1 a 2,5% pelo Banco Central Europeu (BCE) a sugerir um eventual aumento nas taxas de juro europeias poderá estar a pressionar o índice nacional.

A PT [PTC] perdia 0,14% para os 6,95 euros e o BCP ao cotar nos 3,66 euros caía 0,81%.

A Vodafone Telecel [TLE] também invertia a pujança inicial, caindo 0,57% para os 7 euros.

Com a passagem de um bloco único de 19,694 milhões de acções correspondentes a cerca de 1% do capital da Sonae, a empresa liderada por Belmiro de Azevedo cotava nos 0,68 euros, preço do bloco negociado com uma queda de 1,45%.

O índice IBEX, da praça espanhola assinalava a maior subida dos índices europeus ao crescer 1,24% para os 7.479,30 pontos, impulsionado pela valorização das acções do Santander Central Hispano e da Telefónica. Na sessão de hoje, o SCH subia 2,31% para os 8,87 euros e a operadora de telecomunicações valorizava 1,55% para os 9,83 euros depois de ontem ter recuado 4,16%.

O FTSE, índice londrino, também seguia em alta ao cotar nos 4.860,90 pontos com uma subida de 0,19%. Este índice seguia condicionado pelas «performances» positivas das acções da farmacêutica Glaxosmithkline, após um estudo norte-americano ter demonstrado que Bactoban, um medicamento fabricado pela empresa, ajuda a previr infecções. Esta empresa subia 2,66%.

No mercado alemão, as acções da Deutsche Telekom e da Siemens, contagiadas pelo Nasdaq, ajudavam a recuperação do índice DAX que subia 1,22% para os 4.565,29 pontos.

O CAC40 crescia 0,98% para os 4.043,89 pontos com a subida das acções da farmacêutica Aventis, posto de lado os problemas com a definição de patentes.

Na Bolsa de Amsterdão, que integra o Euronext, o índice AEX atingia os 452,51 pontos com crescimento de 1,23% levantado pelos títulos da Phillips Electronics que alcançavam valorizações de 2,38% ajudados pelas congéneres norte-americanas.