O principal índice do mercado nacional perde 0,79% para 5.583,41 pontos, com 15 cotadas em queda, duas em alta e uma inalterada.

A bolsa nacional iniciou o dia em terreno positivo com o BPI a subir mais de 2% e a EDP mais de 1% mas em menos de uma hora de negociação inverteu a tendência penalizada pelo BCP, BPI e EDP.

Os dois bancos registaram fortes ganhos na sessão de ontem, dia em que a empresária angolana Isabel dos Santos formalizou a proposta de fusão. O BCP chegou a subir mais de 9% mas fechou dia com um ganho bem mais ligeiro de 2,43%. Já o BPI somou mais de 9% para fechar nos 1.483 euros, uma cotação que supera os 1,329 euros oferecidos na OPA pelo CaixaBank.

A subida mais acentuada do BPI é explicada pela expectativa de que o CaixaBank venha a subir a contrapartida no âmbito da OPA. "Esta subida na cotação do BPI significa que o mercado acredita mais na OPA do que na fusão", disse ao Negócios João Pereira Leite, director de investimentos do Banco Carregosa.

Esta quarta-feira, as acções dos bancos negoceiam em terreno negativo, estando o BCP a registar uma queda mais acentuada. O banco liderado por Nuno Amado, que ontem fechou no valor mais elevado desde Novembro, perde 1,52% para 0,0841 euros, com mais de 62 milhões de acções negociadas. O BPI perde 0,34% para 1,478 euros, mas apesar da queda continua a negociar acima do valor oferecido pelos catalães do CaixaBank.

A penalizar a bolsa nacional estão também os títulos da EDP, que ontem após o fecho do mercado revelou os resultados referentes a 2014. Os lucros subiram 4% para 1.040 milhões de euros, valor que superou os 1.020 milhões antecipados pelos analistas.

Apesar da melhoria dos lucros, a EDP registou uma quebra de 2% da margem bruta para 5,37 mil milhões de euros, enquanto os custos operacionais diminuíram 7% para 1,72 mil milhões de euros.

O CaixaBI escreve esta quarta-feira na sua nota de análise diária que a EDP "apresentou um conjunto de resultados neutrais, sem surpresas". "Os resultados foram principalmente afectados por alterações regulatórias na Ibéria e pela seca no Brasil. Estes impactos negativos foram em parte compensados por efeitos não recorrentes (mais-valias com a venda de participações e novo acordo colectivo de trabalho em Portugal) e beneficiaram de um novo enquadramento contabilístico no Brasil", explica a analista Helena Barbosa.

Ainda no sector da energia, a EDP Renováveis perde 0,46% para 6,004 euros e a Galp recua 0,05% para 10,06 euros.

A Jerónimo Martins, que após o fecho do mercado divulga os resultados de 2014, perde 1,18% para 10,505 euros.   

Em terreno positivo estão apenas os títulos da PT SGPS, com um ganho de 0,72%, e da REN que avançam 0,30% para 2,708 euros.