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Bolsa chinesa recua 3,5% na segunda sessão consecutiva em queda

O Shanghai Composite Index encerrou a sessão a cair 3,52%, nesta que foi a segunda sessão consecutiva em queda. Os investidores temem que as medidas implementadas pelo governo chinês, que visam impulsionar a economia e o mercado de capitais, não tenham os efeitos pretendidos, o que penalizou as acções da China.

Reuters
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A bolsa da China teve esta terça-feira, 15 de Setembro, a sua segunda queda consecutiva. O Shanghai Composite Index encerrou a cair 3,52%, com o sector das matérias-primas e das tecnologias a serem dos mais penalizados.

Os investidores receiam que as medidas implementadas por Pequim para impulsionarem a economia chinesa e o mercado de capitais não venham a ter o efeito pretendido, o que continua a penalizar o comportamento das acções. "A economia não deu sinais de recuperação depois de uma série de cortes nas taxas de juro e nas taxas de reservas mínimas, enquanto as expectativas para uma desvalorização do yuan continuam presentes", afirmou à Bloomberg Zhang Haidong, estratega chefe da Jinkuang Investment Management, em Xangai. "Os activos denominados em yuan enfrentam uma pressão descendente. O mercado continua fraco", acrescentou.

Na edição desta terça-feira, o Negócios escreve que apesar dos sinais de estabilização nas últimas semanas, a divulgação de indicadores desapontantes continua a castigar as acções do país, num momento em que os responsáveis chineses parecem ter ficado sem armas para estancar as quedas nas bolsas. "Todas as medidas económicas que estão a implementar demoram algum tempo a dar resultados", destaca Daniel Pingarrón. O estratego da IG lembra que, a nível financeiro, as medidas não tiveram o efeito desejado, revelando-se insuficientes para contrariar o pessimismo nas bolsas, pelo que não antecipa novas medidas para tentar parar as descidas nas acções.

Também Daniel Murray considera que as autoridades chinesas precisam ser cautelosas no que diz respeito a novos estímulos, para evitar "pânico em relação à economia".

Para o responsável pelo "research" do EFG Asset Management, a negociação no mercado accionista chinês doméstico tem sido marcada por movimentos especulativos no retalho, que acentuam as descidas. A manipulação de mercado tem, aliás, centrado as atenções das autoridades chinesas, que multaram cinco corretoras por operações ilegais, entre as quais a Haitong, que comprou o antigo BESI.

Esta segunda-feira, 14 de Setembro, o regulador do mercado de capitais da China anunciou a aplicação de coimas a cinco corretoras na China por operações ilegais, revelou a Xinhua, agência de informação do país. Haiting Securitties, Huatais Securitires, Guangfa Securities, Founder Securities e Zheshang Futures são as cinco corretoras alvo de coimas.

As primeiras quatro empresas foram acusadas de não terem confirmado a identificação real dos clientes, enquanto a Zheshang foi acusada de não ter feito um controlo efectivo dos riscos.

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