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Bolsa nacional no verde à boleia das cotadas do sector do papel e Jerónimo Martins
A bolsa de Lisboa continua a negociar em terreno positivo, impulsionado nomeadamente pelas empresas do sector da pasta e do papel e pela Jerónimo Martins. Entre as restantes praças europeias, não há um rumo definido.
A bolsa de Lisboa continua a negociar em alta, numa Europa sem rumo. O PSI-20 sobe 0,39% para 5.432,73 pontos, com 13 cotadas em alta, duas em queda e três inalteradas. No resto da Europa, o índice IBEX 35 é dos que mais perde no Velho Continente, podendo estar a ser penalizado pelas tensões políticas entre Madrid e Barcelona.
Esta terça-feira fica marcada pela ida de Carles Puigdemont, presidente do Governo regional da Catalunha, ao parlamento local onde poderá declarar a independência da região, o que está a prender a atenção dos investidores. Perante este cenário de possível declaração unilateral de independência, o executivo de Mariano Rajoy não descarta a possibilidade de activar o artigo 155 da Constituição que suspenderia a autonomia catalã e desencadearia eleições autonómicas.
Para já, ainda não é certo o que vai acontecer. Mas as tensões políticas podem estar a afastar os investidores dos activos espanhóis, levando-os a olhar para as acções nacionais. Além disso, a Catalunha, que tradicionalmente era a região mais rica de Espanha, já terá perdido esse estatuto de acordo com os cálculos de David Veredas, professor de Mercados Financeiros, na Vlerick Business School em Bruxelas.
Olhando para a bolsa de Lisboa, destaque para as acções do sector da pasta e do papel e para a retalhista Jerónimo Martins.
A Semapa ganha 2,18% para 16,655 euros, depois de a empresa ter substituído a Sonae SGPS na lista das acções preferidas do Haitong para o quarto trimestre na Península Ibérica, que o banco apelida de "balas de prata".
A Navigator sobe 0,74% para 4,352 euros, tendo já negociado nos 4,379 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde Maio de 2015. E a Altri valoriza 1,26% para 5,367 euros, depois de ter negociado nos 5,395 euros, o que representa o valor mais elevado de sempre da empresa co-liderada por Borges de Oliveira e por Paulo Fernandes.
A Jerónimo Martins cresce 0,80% para 16,475 euros. E a Sonae ganha 0,49% para 1,023 euros. A Corticeira Amorim sobe 0,95% para 12,18 euros.
No sector energético, a EDP aprecia 0,80% para 3,03 euros, recuperando assim das quedas recentes, depois de no fim-de-semana ter sido noticiado que China Three Gorges, a maior accionista, estava à procura de um substituto para António Mexia. A EDP Renováveis cresce 0,21% para 7,12 euros. A REN sobe 0,18% para 2,732 euros.
E a Galp Energia cede 0,20% para 15,055 euros, isto uma altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, ganha 0,72% para 56,19 dólares por barril.
A Nos cede 0,13% para 5,304 euros. A Pharol segue inalterada nos 38,9 cêntimos.