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Bolsa nacional cai 0,5% penalizada por BCP e JM
O principal índice da bolsa de Lisboa está a acentuar a desvalorização registada no arranque da sessão, estando a ser penalizada pelas acções do BCP, Jerónimo Martins e Galp. Entre as restantes praças europeias, não há uma tendência definida.
A bolsa nacional está a acentuar a desvalorização registada no arranque da sessão. O PSI-20 desce 0,50% para 4.909,31 pontos, com nove cotadas em queda, nove em alta e uma inalterada.
Numa altura em que os investidores estão de olhos postos em França, não se verifica uma tendência definida entre as restantes praças europeias. Se Lisboa lidera as quedas, Paris lidera os ganhos, subindo 1,01%. Os investidores podem estar a ser animados pelos resultados da última sondagem para a primeira volta das presidenciais francesas, que se realiza esta domingo, 23 de Abril.
Se nas sondagens mais recentes Emmanuel Macron estava a liderar com uma ligeira vantagem sobre Le Pen, algo que tem gerado receios nos investidores dada a elevada abstenção projectada nas sondagens, a que foi conhecida esta quinta-feira, 20 de Abril, mostra uma distância maior entre estes dois candidatos.
O centrista Emmanuel Macron surge na sondagem realizada pela Harris Interactive com 25% dos votos na primeira volta das presidenciais. Marine Le Pen recolhe, de acordo com este inquérito citado pela Reuters, 22% dos votos. François Fillon e Jean-Luc Mélenchon ficam empatados, com cada um a recolher 19% das intenções de voto. Entretanto, Macron tem atacado Le Pen e Fillon, dizendo que as suas propostas eleitorais são fracas e vagas, de acordo com a Bloomberg.
Entretanto, têm sido conhecidos resultados trimestrais de algumas empresas, captando também a atenção dos investidores.
A Unilever comunicou ao mercado esta manhã que as suas vendas subjacentes cresceram 2,9% no primeiro trimestre e os preços aumentaram 3%. Os analistas, de acordo com a Bloomberg, antecipavam um crescimento das vendas na ordem dos 1,9% e que os preços tivessem subido acima dos 2,6%.
A Nestlé avançou também esta manhã que as vendas totais do grupo de produtos alimentares cresceram 0,4% no primeiro trimestre para mais de 19,5 mil milhões de euros.
Em Lisboa, destaque para as acções do BCP, Galp e Jerónimo Martins. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado recuam 2,28% para 18,46 cêntimos, isto depois de ontem ter disparado quase 6%, a acompanhar o sentimento que imperou entre o sector financeiro europeu.
A Jerónimo Martins, que esta tarde após o fecho do mercado apresenta os seus resultados relativos ao primeiro trimestre, perde 1,06% para 16,31 euros. Ainda neste sector, a Sonae segue inalterada nos 92,1 cêntimos.
Na energia, a Galp desvaloriza 1,01% para 14,22 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para as importações nacionais, ganha 0,87% para 53,39 dólares por barril, numa altura em que a matéria-prima está a ser impulsionada pelo facto de os países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo chegaram a um entendimento para estender os cortes na produção para além de Junho, data inicialmente prevista.
A EDP recua 0,65% para 3,065 euros. Na edição desta quinta-feira, o Negócios escreve que António Mexia saiu em defesa da oferta apresentada pelo grupo EDP aos accionistas minoritários da EDP Renováveis. A EDP Renováveis perde 0,12% para 6,905 euros.
A REN ganha 0,11% para 2,683 euros. Os accionistas da REN vão votar o aumento de capital de 250 milhões de euros, que servirá para financiar a compra da EDP Gás, a 11 de Maio, de acordo com a informação que foi remetida à CMVM.
No sector do papel, a Altri lidera os ganhos, crescendo 2,23% para 4,218 euros. A Navigator soma 0,16% para 3,704 euros e a Semapa desce 0,25% para 14,20 euros.
A Nos ganha 0,57% para 5,128 euros.