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Pré-acordo para estender cortes na produção sustenta recuperação do petróleo
Os países que formam o Conselho de Cooperação do Golfo chegaram a um entendimento para estender os cortes na produção para além da data inicialmente prevista.
Os países que integram o Conselho de Cooperação do Golfo alcançaram um entendimento para prolongar os cortes na produção acordados entre os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e mais 11 produtores fora do cartel, em vigor desde Janeiro e com uma duração inicialmente fixada em seis meses.
Esse pré-acordo está a impulsionar o petróleo nos mercados internacionais, devido à expectativa de que mais cortes poderão contribuir para um reequilíbrio mais efectivo do mercado petrolífero e para a estabilização dos preços.
Nesta altura, o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, ganha 0,40% para 50,64 dólares por barril, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 0,45% para 53,17 dólares. Isto depois de a matéria-prima ter registado, ontem, a maior queda das últimas seis semanas, devido à subida dos inventários de gasolina nos Estados Unidos.
Segundo afirmou o ministro do Petróleo de Omã, Mohammed Al Rumhy, numa entrevista em Abu Dhabi, os países do Conselho de Cooperação do Golfo concordaram em prolongar os cortes para além de Junho, uma informação que já foi confirmada pelo seu homólogo da Arábia Saudita. O Conselho de Cooperação do Golfo é formado pelos membros da OPEP Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Emirados Árabes Unidos, e pelo Bahrein e Omã. Todos eles se juntaram ao acordo do cartel para reduzir a oferta.
"Há um acordo inicial que poderemos ser obrigados a estender para chegar ao nosso objectivo", afirmou o ministro saudita da Energia Khalid Al-Falih, citado pela Bloomberg.
Recorde-se que os membros da OPEP e vários outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em Dezembro diminuir o nível de produção do cartel num esforço colectivo para combater o excesso de oferta que pesa sobre os preços.
O cartel vai decidir, na sua reunião de 25 de Maio, se prolongará os cortes para a segunda metade do ano, como confirmou ontem o secretário-geral do grupo, Mohammad Barkindo, em Abu Dhabi.