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Bolsa em alta à boleia da Sonae, BCP e Galp
A bolsa de Lisboa abriu a sessão desta quinta-feira em terreno positivo numa altura em que as principais praças europeias estão também do lado dos ganhos. Em Lisboa destaque para as acções da Sonae, BCP e Galp Energia.
A bolsa de Lisboa abriu a sessão desta quinta-feira, 16 de Novembro em terreno positivo e em linha com as principais praças europeias. O PSI-20 ganha 0,24% para 5.273,00 pontos, com quatro cotadas em queda, 11 em alta e três inalteradas.
As principais praças europeias estão igualmente em alta, acompanhando o sentimento registado já na Ásia. Isto apesar dos receios dos investidores relativamente aos progressos alcançados pelas autoridades em torno da reforma fiscal nos Estados Unidos, depois das críticas de dois Republicanos terem criticado a última proposta que deu entrada no Senado.
Mitul Kotecha, líder do Barclays em Singapura, disse à Reuters que: "se olharmos para o que os mercados se estão a focar, [vemos] que é muito nos debates sobre o corte de impostos nos Estados Unidos e que progressos houve nesta frente". "Claramente, há um caminho a percorrer antes de qualquer acordo estar em cima da mesa e penso que os mercados talvez tenham de reavaliar algumas expectativas e [também] alguma da fraqueza do dólar [registada] ontem, e provavelmente o facto de o dólar não estar a ser capaz de compensar hoje grande parte das perdas", acrescentou.
Além disso, esta manhã os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais, depois de terem pressionado as acções europeias na última sessão. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, a subir 0,45% para 62,15 dólares por barril.
Em Lisboa, destaque para as acções da Sonae, BCP e Galp Energia. A retalhista liderada por Paulo Azevedo ganha 1,74% para 99,2 cêntimos. A Sonae revelou ontem ao mercado que terminou os primeiros nove meses do ano com lucros de 133 milhões de euros, menos quatro milhões do que há um ano mas acima das estimativas dos analistas. As vendas subiram 6,9% para 4,1 mil milhões de euros. A dívida líquida diminuiu 30 milhões de euros.
Ainda no retalho, a Jerónimo Martins soma 0,06% para 15,70 euros.
O BCP aprecia 0,59% para 25,37 cêntimos, depois de ontem Isabel dos Santos ter sido afastada da liderança da Sonangol. A sua exoneração da presidência do conselho de administração da petrolífera angolana reduz a sua influência no BCP e na Galp Energia – pois era através da petrolífera que detinha poder em ambas as empresas.
Quando João Lourenço substituiu José Eduardo dos Santos na presidência de Angola, em Agosto passado, um dos dossiês que herdou dizia respeito à participação da Sonangol no BCP. A empresa angolana detinha, em Junho, uma posição de 15,24% do banco sob o comando de Nuno Amado.
Recorde-se que a Fosun assumiu o papel de principal accionista, no final do ano passado, altura em que a Sonangol pediu autorização para poder, também, superar a barreira dos 20%. O objectivo era não dar o poder do banco ao accionista chinês sem contrapartida. Só que a Fosun tem, neste momento, 25% da instituição financeira e a autorização do Banco Central Europeu para a expansão da posição da Sonangol, praticamente 10 pontos percentuais abaixo, extingue-se até ao final do ano. A luz verde conseguida pela liderança de Isabel dos Santos já não será exercida sob a sua presidência. E ainda não se sabe se haverá reforço.
No sector energético, a Galp avança 0,44% para 15,955 euros. O Negócios avança na edição desta quinta-feira que o furo de petróleo da Galp só avança se Governo deixar. O consórcio Eni/Galp pediu para adiar o furo na bacia do Alentejo para 2018 mas, sob o novo regime, as autarquias locais vão poder dar a sua opinião. O Executivo de António Costa vai depois tomar uma decisão, podendo aprovar ou rejeitar o furo.
A EDP sobe 0,27% para 3,011 euros, Já a EDP Renováveis perde 1,01% para 6,87 euros. A REN ganha 0,31% para 2,62 euros.
A Nos aprecia 0,36% para 5,36 euros.
No sector da pasta e do papel, a Altri sobe 0,77% para 5,203 euros, a Semapa cresce 0,35% para 15,785 euros e a Navigator, por outro lado, cede 0,20% para 4,06 euros.