A bolsa de Lisboa fechou a última sessão da semana no vermelho, seguindo a tendência das principais praças europeias, que continuam a recear os impactos económicos da guerra de tarifas iniciada pela administração Trump.

O índice de referência nacional, o PSI, desceu 0,92% para 6.797,95 pontos, com 11 dos seus 15 títulos no vermelho, registando a terceira sessão consecutiva de perdas e o desempenho mais fraco face às principais bolsas europeias.

As cotadas da energia estiveram entre as que mais penalizaram o índice, com a EDP Renováveis a liderar as perdas, desvalorizando 2,09% para 8,19 euros. A Galp registou a segunda maior queda do dia, com uma desvalorização de 2,06% para 15,45 euros.

Ainda na energia, a EDP também contribuiu para a sessão negativa, com perdas de 0,95% para 3,119 euros, após a Bernstein ter mantido o pessimismo em torno da elétrica e cortado o "target" para 3,75 euros. 

No seguimento da apresentação de resultados esta semana, em que registou uma queda dos lucros de mais de 20% para 599 milhões em 2024, a Jerónimo Martins recuou 1,39% para 19,18 euros.

O BCP deu seguimento às perdas de quase 5% verificadas na sessão anterior, em que desceu da fasquia simbólica dos 0,55 euros após uma recomendação de venda pelo Intesa Sanpaolo, com uma queda mais moderada de 0,91% para 0,5448 euros.    

Numa semana marcada pela apresentação de contas de cotadas do PSI, a Sonae perdeu 0,39% para 1,026 euros. A retalhista viu os lucros caírem 37% para 223 milhões em 2024.

De igual, forma os CTT reagiram negativamente aos resultados apresentados na quinta-feira, com uma queda de 0,27% para 7,34 euros. Sem o impulso da corrida aos certificados de aforro, os lucros dos CTT encolheram para 45,5 milhões.

Do lado oposto, também em reação aos resultados apresentados na quinta-feira, a Altri somou 1,22% para 6,230 euros – o melhor desempenho do dia no PSI. A papeleira mais do que duplicou os lucros em 2024 para 107 milhões.