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BlackRock anuncia resultados acima do esperado e maior acordo de aquisição desde 2009

Entre outubro e dezembro, a maior gestora de ativos de mundo viu os lucros crescerem 7% para mais de 1,4 mil milhões de dólares. Também os ativos sob gestão ficaram acima das expectativas. A BlackRock anunciou ainda um acordo de mais de 12 mil milhões para a compra da Global Infrastructure Partners (GIP).

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Reuters
12 de Janeiro de 2024 às 12:41
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A BlackRock superou as estimativas dos analistas, quer no que diz respeito aos lucros, quer relativamente aos ativos sob gestão. Além de comunicar os resultados trimestrais, a gestora anunciou um acordo de aquisição de uma gestora de fundos por 12,5 mil milhões de dólares.

Entre outubro e dezembro, a maior gestora de ativos de mundo viu os lucros crescerem 7% para mais de 1,4 mil milhões de dólares, o equivalente a 9,66 dólares por ação, acima dos 8,88 dólares apontados pelos analistas citados pela Bloomberg. Também as receitas cresceram 7%, mas para 4,6 mil milhões de dólares.

No acumulado do ano, os lucros subiram 6% para 5,6 mil milhões de euros. Já a receita permaneceu quase inalterada com uma descida bastante ligeira de 17,8 mil milhões de dólares no ano passado para 17,5 mil milhões este ano.

Esta estagnação deve-se sobretudo ao "impacto negativo dos mercados sobre os ativos médios sobre gestão, parcialmente compensados pela elevada receita dos serviços de tecnologia", justifica a BlackRock.

Em termos de gestão de portefólio, a gestora liderada por Larry Fink terminou 2023 com aproximadamente 10 biliões de dólares em ativos sob gestão. Para este "envelope" contribuiu a entrada de 289 mil milhões de dólares durante todo o ano, dos quais 96 mil milhões só no quarto trimestre.

Assim, também nesta rubrica a BlackRock superou as estimativas dos analistas, inquiridos pela Bloomberg, que apontavam para que a gestora fechasse o ano com 9,8 biliões de dólares.

"A BlackRock apresentou um crescimento orgânico e uma margem operacional diferenciados  num cenário historicamente desafiante do mercado e da indústria em 2022 e 2023", considerou o CEO "Chairman" da BlackRock no comunicado em que apresenta as contas.

BlackRock aposta em novas frentes

A BlackRock aproveitou ainda a apresentação das contas para informar que chegou a acordo para a aquisição da gestora de fundos Global Infrastructure Partners (GIP) por aproximadamente 12,5 mil milhões de dólares.

Em comunicado, a BlackRock esclarece que vai pagar cerca de 3 mil milhões em "cash" e o restante am ações da gestora de ativos. O objetivo deste acordo – que deverá estar fechado no terceiro trimestre deste ano – consiste em colocar a gestora em novas linhas da frente no investimento em infraestruturas.

"A BlackRock dispõe de uma vasta rede de conexões com empresas  e com investidores a nível global e a longo prazo, tanto nos segmentos de dívida com ações. Estas relações vão ajudar-nos a liderar investimentos críticos em infraestruturas  para melhorar os resultados das comunidades em todo o mundo e gerar benefícios de investimento a longo prazo para os clientes", justifica a gestora em comunicado.

Este acordo deverá criar "um negócio combinado de mais de 150 mil milhões de dólares", de acordo com a própria BlackRock, sendo a maior aquisição da gestora de ativos do mundo, desde a compra da Barclays Global Investors em 2009.

Esta sexta-feira, a BlackRock deu ainda conta que vai criar um novo núcleo global de estratégia de produto, liderado por Stephen Cohen, que vai apoiar o crescimento global dos fundos negociados em bolsa (ETF) e combinar estratégias ativas sobre índices. A BlackRock é um dos emitentes com maior dimensão no mercado dos ETF, tendo recebido esta semana "luz verde" do regulador financeiro dos EUA para o mercado de capitais (SEC) para lançar um dos 11 primeiros "exchange traded funds" com exposição ao preço "spot " da bitcoin.

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