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Acções do BES prolongam queda histórica ao perderem quase 5%
Após um arranque de sessão marcado por uma forte volatilidade, as acções do Banco Espírito Santo perdem perto de 5% e voltam a negociar abaixo dos 20 cêntimos.
Volatilidade é a palavra que melhor define o arranque da negociação das acções do Banco Espírito Santo. Após a queda histórica desta quinta-feira, 31 de Julho, os títulos já valorizaram um máximo de 6,97%, para logo a seguir perderem 5,47%. Seguem agora a perder 4,98% e a negociar nos 19,1 cêntimos. Já foram negociadas 35 milhões de acções.
O banco acumula, desde o início do ano, uma queda muito próxima dos 80%, o que deixa a capitalização bolsista do BES nos 1.074 milhões de euros.
Esta quinta-feira, os títulos do banco fecharam a cair 42,07% mas durante a sessão chegaram a recuar 51% para um novo mínimo histórico: 17 cêntimos.
Esta queda sem precendentes ocorreu após o banco ter revelado prejuízos históricos de 3.577 milhões de euros no primeiro semestre do ano. Os analistas antecipam que a pressão sobre as acções se vai manter, pelo menos, até ser conhecido o plano de recapitalização da administração liderada por Vítor Bento.
"As acções do BES vão continuar pressionadas com muita volatilidade à mistura, até se saber o aumento de capital", acredita Pedro Lino, administrador da Dif Broker. "A tendência principal mantém-se descendente, podendo ser reforçada quando a suspensão ao 'short selling' for levantada pela CMVM", diz Steven Santos, gestor da XTB Portugal. "A volatilidade deverá continuar. O mercado espera pelo anúncio do plano de reestruturação e recapitalização", remata Albino Oliveira.
(Notícia actualizada às 09h22)