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BCP prolonga subida após duplicar de valor em 2013

Os títulos do banco liderado por Nuno Amado valorizaram mais de 3% nesta quinta-feira, depois de terem encerrado a última sessão com um subida superior a 100%.

Miguel Baltazar/Notícias
19 de Dezembro de 2013 às 17:03
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O BCP encerrou a sessão a valorizar 2,65% para 0,155 euros por acção e registou uma terceira sessão de ganhos na semana, aumentando para 107% a subida desde o início do ano. O volume de negociação continua a ser alto e os títulos chegaram a valorizar 4,17% para os 0,1573 euros, o que corresponde ao nível mais elevado desde 5 de Setembro.

 

Esta quinta-feira foram negociadas 170 milhões de acções, o que compara com uma média diária de 132 milhões, desde o início do ano. No mesmo período de 2012, o volume médio diário de negociação foi de 91 milhões de títulos.

 

O banco está a prolongar a tendência de ganhos que o levou a mais do que duplicar de valor desde o início do ano. Ontem, quarta-feira, encerrou a sessão acima dos 15 cêntimos pela primeira desde dia 5 de Setembro de 2011. O banco destaca-se tanto entre os pares nacionais como da Europa.

 

O Banco Comercial Português soma 106,7% e prepara-se para registar a maior subida anual desde que entrou para a Bolsa de Valores de Lisboa, em 1993. O ano da maior subida é, por enquanto, 1997, quando os títulos avançaram 84%. Este ano, entre as cotadas do PSI-20, só a Mota-Engil supera este desempenho.

 

O BCP é o terceiro banco que mais sobe entre os 47 membros do índice que agrupa os bancos do Stoxx 600, atrás do Bank of Ireland (127,2%) e do Bankinter (146,3%). Na banca nacional, o BES avança 11,17% e o BPI a progride 26,6%.

 

Analistas mais confiantes no pagamento ao Estado

 

Alguns analistas publicaram notas de investimento favoráveis ao Banco Comercial Português, demonstrando confiança crescente no reembolso do financiamento estatal recebido na forma de obrigações convertíveis contingentes (também chamadas CoCos) ao Estado.

 

O BCP tem até Junho de 2017 para devolver até três mil milhões de euros ao Estado e evitar a transformação dos títulos em acções ordinárias. Um evento que teria como consequência a diluição das participações dos actuais accionistas.

 

Na terça-feira, 17 de Dezembro, o Fidentiis emitiu uma nota de análise em que subiu o preço-alvo do BCP de um intervalo de preços com valor de 8,5 cêntimos para 18,5 cêntimos. Esta quarta-feira, 18 de Dezembro, foi o BBVA a aumentar o justo-valor que atribui aos títulos de 15 para 19 cêntimos.

 

Ambos os bancos de investimento recomendam “comprar” as acções e acreditam que o BCP vai conseguir reembolsar o Estado até Junho de 2017, altura em que as CoCo’s se transformam em acções ordinárias se não forem liquidadas pela instituição. A previsão de que o banco irá evitar a transformação das obrigações em acções diminui o risco de diluição para os accionistas do banco.

 

Na quarta-feira da semana passada, dia 11 de Dezembro, as acções do Banco Comercial Português alcançaram um máximo de Setembro de 2011, ao negociarem acima dos 15 cêntimos e acumulando a maior valorização da sua história em bolsa. Na quinta-feira, 12, o Caixa Banco de Investimento emitiu uma nota de análise em que estimou o impacto da contabilização de créditos fiscais para o rácio “core Tier one” em 1,2 mil milhões de euros.

 

Caso Portugal adopte a prática que reina em Espanha e Itália, os bancos nacionais poderão contar os activos no balanço por impostos diferidos como activos elegíveis para os rácios de solvabilidade. Para o banco, este seria um “passo de gigante” no reembolso do empréstimo estatal, concluiu o Caixa BI.

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