Notícia
BCP ganha perto de 200 milhões de euros numa sessão
O banco liderado por Nuno Amado disparou 6%, depois de ter desvalorizado mais de 12% nas quatro sessões anteriores.
Depois de ter desvalorizado 12% nas primeiras quatro sessões da última semana, o BCP esteve, na sexta-feira, a recuperar parte dessas perdas. O banco subiu mais de 6%, um movimento que lhe permitiu recuperar 184 milhões de euros em valor de mercado, numa sessão de ganhos para a banca europeia. Mas as preocupações em torno da rentabilidade, devido aos juros negativos na Zona Euro, deverão continuar a pesar no sector.
O banco liderado por Nuno Amado valorizou 6,12% para 0,2117 euros, a acompanhar o comportamento positivo registado pelo sector, que terminou o dia a avançar 0,85%. "Após o discurso de Mario Draghi [na última quinta-feira], que deu sinais sobre a manutenção de juros em níveis historicamente baixos por mais algum tempo, a banca europeia entrou em quedas e o BCP acelerou as perdas em linha com o restante sector", realça Gualter Pacheco.
Para o "trader" sénior do Banco Carregosa, o sector deverá continuar a ser pressionado pelo ambiente de juros negativos. Contudo, apesar desta conjuntura desfavorável, o especialista lembra que "foi neste cenário que se deu a recuperação do título [do BCP] e também o regresso a resultados positivos". Também Pedro Lino, administrador da Dif Broker, recorda que "todo o sector financeiro tem estado sob pressão devido à perspectiva de manutenção de uma política monetária de taxas de juro zero ou negativas".
Para Pedro Lino, o facto de o BCP ampliar os movimentos do sector na Europa poderá ser justificado pelo "risco que a banca portuguesa ainda representa". "O Novo Banco ainda não foi vendido e tem em curso uma operação de compra de dívida que irá definir o futuro da instituição, a recapitalização da CGD não está finalizada, e o Montepio ainda não tem novo accionista. Ou seja, o sistema financeiro português continua frágil", remata.
"Tendo em conta que os resultados do BCP referentes ao terceiro trimestre de 2017 serão conhecidos apenas em meados de Novembro, a cotação do título deverá, provavelmente, continuar a ser influenciada pelo enquadramento para as bolsas e o sector bancário na área do euro, para além da evolução das ‘yields’ na região", acrescenta Albino Oliveira, da Patris Investimentos.
O banco liderado por Nuno Amado valorizou 6,12% para 0,2117 euros, a acompanhar o comportamento positivo registado pelo sector, que terminou o dia a avançar 0,85%. "Após o discurso de Mario Draghi [na última quinta-feira], que deu sinais sobre a manutenção de juros em níveis historicamente baixos por mais algum tempo, a banca europeia entrou em quedas e o BCP acelerou as perdas em linha com o restante sector", realça Gualter Pacheco.
Para Pedro Lino, o facto de o BCP ampliar os movimentos do sector na Europa poderá ser justificado pelo "risco que a banca portuguesa ainda representa". "O Novo Banco ainda não foi vendido e tem em curso uma operação de compra de dívida que irá definir o futuro da instituição, a recapitalização da CGD não está finalizada, e o Montepio ainda não tem novo accionista. Ou seja, o sistema financeiro português continua frágil", remata.
"Tendo em conta que os resultados do BCP referentes ao terceiro trimestre de 2017 serão conhecidos apenas em meados de Novembro, a cotação do título deverá, provavelmente, continuar a ser influenciada pelo enquadramento para as bolsas e o sector bancário na área do euro, para além da evolução das ‘yields’ na região", acrescenta Albino Oliveira, da Patris Investimentos.