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BCP e Jerónimo Martins ditam a queda da bolsa

O BCP foi afetado por desenvolvimentos na Polónia. A Jerónimo Martins por uma nota de análise. As cotadas registaram quedas e pressionaram o índice, num dia de descidas generalizadas entre as bolsas europeias.

Pedro Catarino/CM
28 de Novembro de 2019 às 16:45
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A bolsa nacional fechou o dia em queda, com o PSI-20 a ceder 0,72% para 5.151,35 pontos. A contribuir para este desfecho estiveram 15 cotadas, enquanto três conseguiram contrariar a tendência.

 

Entre as congéneres europeias o sentimento negativo também imperou, com os principais índices a depreciarem na generalidade dos casos. A justificar as quedas está, sobretudo, o renovado receio de que as negociações comerciais entre os EUA e a China sejam travadas depois de Donald Trump ter promulgado a legislação – aprovada no Senado por unanimidade – que apoia os manifestantes de Hong Kong nas suas pretensões de autonomia face à China.

 

E isto numa sessão marcada pela ausência de muitos investidores devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, que determina o encerramento de Wall Street. NA sexta-feira a sessão será mais curta, com a negociação a terminar às 18h00 (hora de Lisboa).

 

Na bolsa nacional, o BCP e a Jerónimo Martins foram as cotadas que mais se destacaram, com um tema em comum: Polónia.

 

No caso do BCP em causa estão os desenvolvimentos em torno da conversão dos créditos concedidos em francos suíços para zlótis. O Supremo Tribunal polaco emitiu o seu primeiro parecer num processo relacionado com a conversão de créditos concedidos em francos suíços. A instituição deu luz verde para que os empréstimos sejam convertidos para zlótis às taxas de juro originais, que são inferiores às atualmente praticadas. O que poderá implicar custos elevados para os bancos.

 

As ações do banco liderado por Miguel Maya terminaram o dia descer 2,54% para 0,1998 euros. Já o Bank Millennium, a unidade polaca detida em mais de 50% pelo BCP, caiu 3,7% para 5,595 euros.

 

A Jerónimo Martins fechou a sessão a ceder 1,02% para 14,625 euros, tendo chegado a cair mais de 4%, depois de ter sido alvo de uma nota de análise por parte do UBS, onde a casa de investimento reduziu a avaliação e a recomendação. De acordo com a nota de research citada pela Bloomberg, a que o Negócios não teve acesso, a introdução da taxa de retalho na Polónia e a pressão mais forte do que o esperado nas margens representam os principais riscos para a Jerónimo Martins, que enfrenta agora um "outlook" mais "difícil".

 

Mas estas não foram as únicas quedas. A Nos caiu 1,25% para 4,912 euros e os CTT perderam 0,97% para 3,072 euros. Na energia, a EDP e a EDP Renováveis recuaram 0,62% para 3,67 euros e 0,7% para 9,92 euros, respetivamente. Já a Galp Energia depreciou 0,27% para 14,83 euros.

 

O setor do papel contrariou a tendência, com a Navigator a apreciar 0,45% para 3,558 euros enquanto a Altri subiu 0,97% para 5,72 euros.

 

A outra cotada que conseguiu valorizar-se foi a Corticeira Amorim, somando 0,56% para 10,80 euros. 

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