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BCP com maior série de quedas em mais de um ano

O índice nacional não destoou das pares do Velho Continente, penalizadas pelo sector dos média e perante novos receios quanto à possibilidade de Donald Trump conseguir cumprir a sua agenda económica.

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23 de Agosto de 2017 às 16:44
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Os títulos do BCP voltaram a encerrar a sessão em queda, pela sétima sessão consecutiva, naquela que é a maior série de recuos desde 16 de Junho do ano passado e no valor de fecho mais baixo em mais de dois meses e meio (8 de Junho).

Sem informações de mercado que sustentem as quedas prolongadas, os papéis do banco liderado por Nuno Amado acabaram por seguir a tónica negativa do PSI-20, apesar de ainda terem sustentado alguns ganhos da bolsa durante a manhã.

As perdas acompanharam a dos títulos do sector bancário representados no europeu Stoxx 600, que fechou a recuar para mínimos de 27 de Junho.

Nas últimas dez sessões, só em quatro delas o índice bolsista português fechou em alta. Não foi o caso desta quarta-feira, 23 de Agosto, em que as quedas de títulos como os CTT, a Nos e o universo EDP foram dos que mais penalizaram a prestação do PSI-20 e determinaram uma queda de 0,35%.

Com o índice de referência nos 5.173,09 pontos, 14 títulos apresentaram perdas, apenas quatro do lado dos ganhos e uma sem variação, numa sessão pintada de vermelho no resto da Europa, uma vez mais com as negociações influenciadas negativamente por declarações de Donald Trump e apesar de bons dados económicos no Velho Continente.

Os CTT caíram 1,24% para 5,185 euros, a Nos resvalou 0,68% para 5,37 euros e a EDP cedeu 0,56% para 3,202 euros. 

Ainda na banca, as unidades do fundo de participação do Montepio encerraram nos 0,995 euros, a cair 0,2%, pela quinta sessão abaixo dos 1,00 euros, o preço oferecido pela Mutualista na OPA em curso e que se estende até 8 de Setembro.

Porém o maior recuo do dia coube à Sonae Capital - caiu 2,04% para 0,767 euros, o valor mais baixo em cinco meses. A homónima Sonae, que apresenta hoje resultados trimestrais após o fecho, também terminou o dia em recuo – de 0,31% para 0,96 euros.

E a Ibersol – que no âmbito do aumento de capital anunciado ontem, de 6 milhões de euros por incorporação de reservas, dará aos accionistas um novo título por cada quatro papéis detidos – terminou a cair 0,32% para 14,205 euros.

O verde apenas chegou à Navigator (0,35% para 3,691 euros), Corticeira Amorim (1,28%, a maior apreciação do índice, para11,445 euros), Galp (0,14% para 13,895 euros) e Novabase (0,88% para 3,202 euros).


Fora do índice, a Impresa caiu 0,92% para 0,323 euros, minutos antes de ser noticiado que a companhia está a reavaliar o seu portefólio de revistas, ponderando o fecho de algumas delas. Em comunicado, a empresa confirma a reavaliação para reduzir a exposição ao sector das revistas, com o objectivo de realizar a alienação de activos.

Apesar de dados positivos sobre a actividade indústria na Zona Euro, que em Agosto cresceu para máximos de dois meses, as perdas do sector dos média prejudicaram as negociações, com a WPP, que tombou 10,69% na bolsa de Londres depois de ter revisto em baixa as suas previsões de receitas para 2017 devido à queda dos gastos dos consumidores, que reduzem também os orçamentos para publicidades dos maiores grupos empresariais.

Um comportamento que o CEO do grupo WPP, Martin Sorrell, atribui à incapacidade da administração Trump colocar em marcha as reformas prometidas, que afectou em particular a evolução do mercado publicitário nos EUA.

Declarações do presidente - com a sugestão de pôr fim ao tratado NAFTA para impulsionar a sua negociação e a ameaça de paralisar o governo se Congresso não libertar dinheiro para a construção do muro - estão também a condicionar os mercados deste e do outro lado do Atlântico. 

(Notícia actualizada às 17:13 com mais informação)

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