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Banco Popular afunda 9% depois de prejuízos de quase 3.500 milhões

Os títulos do banco espanhol já tocaram mínimos de dois meses depois de a instituição ter apresentado resultados líquidos piores do que o esperado e a degradação do rácio de capital no segundo semestre.

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03 de Fevereiro de 2017 às 08:52
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As acções do Banco Popular já estiveram a perder mais de 9% na bolsa de Madrid, na maior queda intradiária em mais de um mês, depois de a instituição ter apresentado prejuízos de 2016 mais fortes que o esperado.


Os títulos do banco chegaram a tombar 9,02% para 0,857 euros, o valor mais baixo em dois meses, e recuam agora 7,96% para 0,867 euros.


O Banco Popular fechou o ano que passou 2016 com um resultado negativo de 3.485 milhões de euros impactado pelo registo de provisões. A marcar as contas esteve um prejuízo de 3.580 milhões registado no último trimestre.

O valor compara com 172,6 milhões de perdas entre Outubro e Dezembro de 2015 e ficou acima das previsões dos analistas sondados pela Bloomberg, que apontavam para um resultado negativo de 3 mil milhões nos últimos três meses do ano.


A pesar nas contas da instituição espanhola estão provisões de 5.692 milhões de euros constituídas no ano passado para acomodar perdas com empréstimos, activos imobiliários e juros cobrados em demasia a clientes em empréstimos.

Excluindo itens não recorrentes, o resultado teria sido positivo em 185 milhões de euros durante 2016. O rácio de capital CET1 (core equity tier 1) degradou-se de 13,71% no final do primeiro semestre para 8,17% no final do ano.  

A instituição refere que poderá melhorar o rácio através da melhoria dos resultados e do desinvestimento em operações consideradas não essenciais (com um potencial de melhoria, neste caso, de 100 pontos base). 

"Estas perdas maiores e um CET1 mais fraco do que o esperado levantam questões sobre se se mantêm as necessidades de capital do Popular," referiu o analista Benjie Creelan-Sandford, da Jefferies International, numa nota a clientes citada pela Bloomberg. Isto depois de, em Maio, o banco espanhol ter anunciado um aumento de capital em 2.500 milhões de euros para limpar o balanço de activos tóxicos. 

Em 2016 o processo de reestruturação do banco acrescentou custos de 370 milhões de euros às contas, elevando para os 2.028 milhões de euros os custos totais no ano passado. De 2017 em diante estes custos deverão rondar os 200 milhões por ano, estima a instituição.


A integração do negócio português – transformação do Banco Popular Portugal numa sucursal do Popular Espanhol -, anunciada no início do ano, é referida na apresentação de resultados como parte do processo de optimização do banco.

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