Os investidores estão menos activos no mercado financeiro português este ano. Entre Janeiro e Fevereiro, as ordens sobre produtos financeiros recuaram, mas é o montante dessas ordens que está a registar a grande diferença. Cai 54% face ao mesmo período de 2015, em grande parte devido ao menor interesse dos investidores não residentes.

"O valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na CMVM totalizou 6.858,6 milhões de euros" em Fevereiro, revelou o regulador esta terça-feira, 22 de Março. Um montante 6,7% superior ao registado em Janeiro, com a dívida pública a subir 30% para 3.204,7 milhões.

Uma grande subida foi também registada no valor das ordens sobre instrumentos financeiros derivados, que aumentou 69% para 13.245,7 milhões de euros. Por outro lado, as ordens sobre acções caíram 28% em Fevereiro, atingindo 1.539,9 milhões de euros.

Mas os dados tornam-se mais significativos quando analisada a evolução neste ano. É que o montante total das ordens afunda 54,2% entre Janeiro e Fevereiro, face ao mesmo período de 2015. Atinge apenas 13.285,1 milhões de euros. Uma tendência que reflecte o menor número de ordens no mercado nacional, que caíram 22,8% no mesmo período.

Esta evolução negativa é mais significativa entre os investidores não residentes. O valor das ordens estabelecidas por estes investidores cai 70% face aos dois primeiros meses de 2015, ficando pelos 4.423,1 milhões de euros. Já as ordens dos investidores residentes recuam 37% no mesmo período para 8.861,9 milhões.