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Acções chinesas registam maior queda desde 2007

Após três semanas de recuperação, a bolsa chinesa voltou a afundar com receios dos investidores em torno da subida artificial dos títulos perante a intervenção governamental no mercado de capitais.

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China Rout Leads Global Stocks Lower
Negócios 27 de Julho de 2015 às 10:06
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O vermelho voltou a tomar conta dos ecrãs de negociação chineses. Após três semanas de recuperação, a bolsa de Xangai afundou 8,48%. Registou a maior queda desde 2007, com os investidores a temerem que as medidas adoptadas pelo governo para travar as fortes quedas recentes do mercado poderão não ser suficientes para evitar uma desvalorização dos títulos.


O Shanghai Composite chegou a cair 8,61% durante a negociação, mas terminou a sessão com uma queda de 8,48% para 3.725,56 pontos. Apresentou a maior desvalorização diária desde Fevereiro de 2007, altura em que afundou 8,84%. Durante a sessão, por cada título que conseguiu valorizar, 75 afundaram. A PetroChina registou uma queda recorde: -9,6%.


Esta queda expressiva surge após um período de recuperação em que a bolsa chinesa conseguiu valorizar 16% – apesar da forte descida está acima do mínimo alcançado a 8 de Julho. Esta subida, no rescaldo de uma queda de mais de 30% face ao anterior máximo, foi induzida pelas medidas adoptadas pelo governo chinês.


Entre essas medidas estiveram a proibição de vendas a descoberto e o cancelamento de todas as estreias em bolsa, mas a mais imponente foi a criação de um fundo para travar as quedas. A China Securities Finance Corp (CSF) reuniu entre 2,5 e 3,0 biliões de yuans, cerca de 370 a 444 mil milhões de euros, com esse objectivo. Mas há duvidas sobre a capacidade de utilizar este dinheiro para puxar pela bolsa.


Com a economia chinesa a crescer, mas menos que o antecipado, os investidores temem que o governo abandone o suporte à bolsa, afastando-se também eles dos títulos. "Esta queda na bolsa foi um balde de água fria no sentimento dos investidores" disse Mari Oshiradi, estratego da Okasan Securities, à Bloomberg. "Isto é também revelador de que o mercado está ainda muito frágil sem o apoio do governo", acrescentou.

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