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Regulador da bolsa chinesa mais do que triplicou valor obtido com multas

Houve um crescimento de 280% no valor arrecadado com coimas aplicadas. O forte aumento vem dar o sinal de que o "polícia da bolsa" está atento, procurando assim aumentar a confiança dos investidores num mercado marcado por alta volatilidade.

Bloomberg
02 de Agosto de 2015 às 15:32
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China Securities Regulatory Commission (CSRC) está sob alerta para as ilegalidades que são cometidas no mercado de capitais do país. A prova disso está no forte aumento nas coimas aplicadas pelo "polícia da bolsa" chinesa durante o último ano: 280%. Um crescimento abrupto que quer passar a mensagem de que o regulador terá mão pesada sobre quem tentar manipular o mercado, algo que, acredita, poderá estar na base das fortes quedas recentes em Xangai.


A CSRC aplicou coimas no valor de 113 milhões de dólares, de acordo com o relatório anual do regulador citado pelo Financial Times. Este valor, ainda que represente mais do triplo do registado em 2013, fica muito aquém do que foi aplicado pelos reguladores de mercados como o norte-americano onde as multas ascenderam aos milhares de milhões. Mas é um sinal de que o "polícia" está atento ao que se está a passar no mercado de capitais do país. A bolsa de Xangai tem registado uma forte volatilidade.


O regulador de mercados do país anunciou na semana passada a terceira investigação, em menos de dois meses, por suspeitas de manipulação da bolsa. Isto no seguimento de mais uma forte queda da bolsa de Xangai. A 27 de Julho, o índice registou uma queda de 8,48%, a maior descida diária desde 2007, isto apesar das várias medidas implementadas para travar a desvalorização do mercado. Em Junho, a bolsa chegou a perder um máximo de 38%.


Entre essas medidas estiveram a proibição de vendas a descoberto e o cancelamento de todas as estreias em bolsa, mas a mais imponente foi a criação de um fundo para travar as quedas. A China Securities Finance Corp (CSF) reuniu entre 2,5 e 3,0 biliões de yuans, cerca de 370 a 444 mil milhões de euros, com esse objectivo. Mas há dúvidas sobre a capacidade de utilizar este dinheiro para puxar pela bolsa.

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