"A intervenção da troika incentivou o financiamento das empresas através do capital próprio, em detrimento do crédito bancário", explica Steven Santos. "Em 2014, esperaria ver OPV de empresas públicas como a Caixa Seguros, de empresas privadas como a ES Saúde e a Rioforte, e novas PME na Alternext", conclui o gestor da XTB.

A entrada de novas empresas na bolsa portuguesa deverá reforçar a atractividade do mercado de capitais nacional, bem como trazer novos investidores para o País. "O regresso das OPV ao mercado nacional, com os CTT em 2013, é um factor positivo a ter em consideração, pois permite aos investidores conseguir uma maior diversificação no mercado nacional, aumentando o número de empresas e sectores de actividade presentes na Bolsa de Lisboa", explica Nuno Marques, gestor do Banif Acções Portugal.

Os especialistas acreditam que os nomes já avançados para se estrearem em bolsa no próximo ano representam boas oportunidades de investimento, além de trazerem sectores novos para a bolsa lisboeta.

"A ES Saúde abre acesso ao crescente mercado de cuidados de saúde através de um operador especializado", destaca Steven Santos, que vê no envelhecimento da população europeia uma oportunidade de crescimento. Já a "Rioforte tem a vantagem de dar exposição ao turismo, um sector estratégico para a economia portuguesa e que não está representado na bolsa nacional".