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IMF – FED e BCE sinalizam política mais cautelosa

Atividade do Reino Unido em expansão pela 1ª vez em 3 meses; FED e BCE sinalizam política mais cautelosa; Petróleo com resistência nos $78; Ouro a testar os $2000/onça

| Atividade do Reino Unido em expansão pela 1ª vez em 3 meses

A atividade do Reino Unido terá expandido em novembro após três meses consecutivos de contração. A leitura preliminar do indicador avançado PMI Compósito (Indústria + Serviços) foi de 50.1 pontos em novembro, face aos 48.7 pontos registados em outubro. Portanto, o indicador ultrapassou o limiar de 50 pontos a partir do qual se observa uma expansão da atividade. O principal impulsionador foi o setor dos serviços, tendo o respetivo PMI entrado em território de expansão, com uma leitura de 50.5 pontos, face aos 49.5 pontos esperados e registados no mês anterior. Já o PMI Manufatureiro melhorou para 46.7 pontos, face aos 45 pontos esperados e aos 44.8 pontos registados em outubro, permanecendo em território de contração.

Numa outra nota, o Ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt, anunciou um corte superior ao esperado nas contribuições para a segurança social e incentivos ao investimento. Hunt anunciou o corte da taxa de contribuições para o sistema de segurança social de 12% para 10% e defendeu que a implementação das medidas descritas no plano levará a um aumento do investimento por parte das empresas em cerca de £20 mM por ano ao longo da próxima década, representando cerca de 1% do PIB.

O Eur/Gbp iniciou a semana a transacionar acima da resistência das £0.8750, tendo posteriormente recuado, até quebrar em baixa o suporte das £0.8700 e renovar mínimos de mais de 2 semanas. O próximo suporte do par encontra-se nas £0.8660.

| FED e BCE sinalizam política mais cautelosa

De acordo com as minutas da mais recente reunião da FED, os membros da instituição concordaram que iriam proceder com mais cautela e que só voltarão a subir as taxas de juro se o progresso no controlo da inflação enfraquecer. A declaração do Comité de Política Monetária indicou que os participantes da reunião consideraram que uma nova subida só se daria como adequado se houvesse informação que indicasse que os aumentos apresentados até ao momento fossem insuficientes. Agora, os membros da instituição indicaram que têm de equilibrar a sua política entre 2 riscos possíveis: O risco de a inflação retornar a ganhar força e o risco de a instituição restringir demasiado o acesso ao crédito e prejudicar a economia. A decisão de manter a taxas de juro de referência inalteradas foi unânime na última reunião.

As minutas da reunião mais recente do BCE confirmaram que a instituição está mais cautelosa e preocupada com o crescimento, mas que se mantém fiel ao mantra de "higher for longer". A par da atitude mais cautelosa em relação à economia, também ficou patente que o BCE parecia satisfeito com o facto de os mercados esperarem que as taxas se manterão elevadas por um período mais longo do que o previsto antes da reunião de setembro. As minutas referiram que os membros concordaram que o Conselho do BCE deve continuar a sublinhar a sua determinação em fixar as taxas diretoras em níveis suficientemente restritivos durante o tempo necessário para levar a inflação de volta até à meta estipulada.

Na última semana, o Eur/Usd renovou máximos de meados de agosto do ano corrente nos $1.0964, mas permaneceu a consolidar em torno dos $1.0900. O par poderá estar a recuperar força para continuar com a valorização que tem apresentado desde finais de setembro.

| Petróleo com resistência nos $78

O preço do petróleo iniciou a semana com uma valorização, tendo posteriormente recuado quando a OPEP+ anunciou que iria adiar a sua reunião de dia 26 de novembro para dia de 30 de novembro. A decisão foi mal recebida pelo mercado, que agora aguarda por um novo encontro que poderá possibilitar um acordo sobre os cortes na produção de petróleo em 2024.

Após ter renovado mínimos de julho na semana anterior, o petróleo iniciou a semana com uma valorização até à resistência dos $78. No entanto, o ouro negro não teve força suficiente para ultrapassar com sucesso a resistência em questão, tendo recuado nas sessões seguintes.

| Ouro a testar os $2000/onça

A cotação do ouro valorizou pela 2ª semana consecutiva, visto os analistas terem aumentado as expsectativas de que a Reserva Federal dos EUA já terminou de subir as suas taxas de juro, enquanto as minutas da FED indicaram que o Banco Central pretende ter mais cautela nas suas decisões.

Na última semana, o ouro acompanhou a linha de tendência ascendente junto à qual transaciona desde o início do mês de outubro e valorizou até à resistência robusta que se encontra a testar neste momento, presente nos $2000/onça.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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