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IMF – FED, BCE e BoE mantiveram taxas inalteradas

BoE manteve taxas e diminuiu expectativas de cortes; BCE manteve taxas e não discutiu a possibilidade de cortes; Petróleo acima dos $70; Ouro com resistência nos $2 050.

| BoE manteve taxas e diminuiu expectativas de cortes

O Banco de Inglaterra (BoE) manteve a taxa de referência inalterada em 5.25% (nível mais elevado dos últimos 15 anos). No Comité de Política Monetária houve 6 votos a favor da pausa e 3 votos a favor de uma subida adicional. Portanto, nenhum membro defendeu um corte de taxas. O BoE continua preocupado com o facto de a inflação no Reino Unido se revelar mais rígida do que a observada nos EUA e na Zona Euro. O governador, Andrew Bailey, afirmou que "ainda há algum caminho a percorrer" na luta contra a inflação, contrariando o mercado que tem aumentado as suas expectativas sobre a possibilidade de cortes nas taxas de juro de referência. Bailey comentou que a instituição pretende continua a tomar as decisões necessárias para que a inflação regresse à meta de 2%.

Anteriormente tinha sido divulgado que a economia do Reino Unido contraiu em outubro, aumentando o risco de a economia britânica entrar em recessão, o que acaba por testar a determinação do BoE em não cortar as suas taxas de juro de referência. Esta semana, foi divulgado PIB caiu 0.3% em outubro, face a setembro. O mercado esperava uma estagnação do PIB, após o crescimento mensal de 0.2% em setembro. Esta foi a 1ª vez que o PIB contraiu numa base mensal desde julho. Nos 3 meses até outubro, o PIB estagnou. Foi também divulgado que a produção industrial britânica recuou 0.8%, em cadeia, em outubro, após a estagnação observada no mês anterior. Em termos homólogos, a produção industrial cresceu 0.4%, abaixo dos 1.1% esperados e dos 1.5% registados em setembro.

Após algumas semanas de declínio, o Eur/Gbp apresentou, no início da última semana, uma ligeira recuperação, afastando-se do suporte das £0.8550, mas encontrou uma resistência perto das £0.8630. Posteriormente, o par voltou a recuar para perto do suporte mencionado.

| BCE manteve taxas e não discutiu a possibilidade de cortes

O BCE manteve as taxas de juro de referência inalteradas, como era esperado. Em conferência de imprensa, Christine Lagarde indicou que, apesar da queda recente na inflação [homóloga], a mesma deverá subir em dezembro devido a efeitos de base. Comentou que as decisões futuras permanecerão dependentes dos dados divulgados, que ainda não se pode "baixar a guarda" no combate contra a inflação e que não foram discutidos cortes nas taxas na reunião. O BCE continuará com o reinvestimento dos títulos do programa PEPP na 1ª metade de 2024, mas reduzirá as compras em €7.5 mM por mês no 2º semestre, terminando completamente o programa no final de 2024. A reunião foi acompanhada de novas projeções macroeconómicas, nas quais o BCE indicou esperar um crescimento do PIB de 0.6% em 2023, 0.8% em 2024 e 1.5% em 2025 e 2026, e uma taxa de inflação média de 5.4% em 2023, 2.7% em 2024, 2.1% em 2025 e 1.9% em 2026.

A FED decidiu manter a taxa de juro inalterada pela 3ª reunião consecutiva, com o presidente Jerome Powell a afirmar que o aperto histórico da política monetária provavelmente já terminou e que a discussão sobre cortes nas taxas está a aproximar-se. Powell acrescentou que embora os restantes membros da FED não queiram "retirar da mesa" a possibilidade de outra subida, esse já não é o cenário de base e indicou que, embora seja cedo para "declarar vitória", a questão de quando será apropriado começar a reduzir as taxas de juro de referência começa a ser ponderada.

A última semana, ficou marcada por uma forte valorização do Eur/Usd, que alcançou os $1.10, perdendo força nesses níveis.

| Petróleo acima dos $70

O preço do petróleo ressaltou de níveis abaixo de $69/barril, enquanto o foco esteve nas reuniões dos principais bancos centrais. Apoiando ligeiramente os preços, a Agência Internacional de Energia anunciou que prevê que o consumo de petróleo vá subir em 1.1 milhões de barris por dia em 2024, devido a uma melhoria na procura dos EUA.

Após uma queda até ao patamar $67, o ressaltou, com esse nível a continuar a ser suporte.

| Ouro com resistência nos $2 050

A cotação do ouro iniciou a semana a perder terreno, tendo depois recuperado após o presidente da FED dos EUA, Jerome Powell, ter dado indicações sobre prever cortes nas taxas de juro no próximo ano. Taxas de juro mais baixas costumam levar à valorização do metal precioso.

No início da última semana, o ouro quebrou em baixa o suporte dos $2 000/onça e a linha de tendência ascendente (vermelho). Posteriormente, encontrou um novo suporte nos $1 975, a partir do qual ressaltou até à resistência presente em torno dos $2 050, que não conseguiu ainda quebrar.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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