Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

IMF – Eur/Usd recupera terreno; Comissão Europeia cortou previsões

Economia britânica contraiu 9,9% em 2020 – maior recessão em mais de 300 anos; Eur/Usd recupera terreno; Comissão Europeia cortou previsões; Petróleo renova máximos de mais de 1 ano; Semana do ouro dividida entre ganhos e perdas

  • ...
| Economia britânica contraiu 9,9% em 2020 – maior recessão em mais de 300 anos

A economia britânica fechou 2020 com uma contração de 9,9% - a mais acentuada em mais de 300 anos. Não obstante, nem tudo foi negativo, tendo conseguido ser evitada uma quebra no final do ano, ao crescer 1%, em cadeia, no último trimestre do ano, superado as expetativas de um crescimento de 0.5% e depois de um crescimento de 16.1% no terceiro trimestre de 2020. Os gastos públicos aumentaram 6.4%, devido ao incremento das despesas com cuidados de saúde e de educação, e o investimento fixo aumentou 2.1%, impulsionado por um grande aumento do investimento em equipamentos de transporte. Estes números acrescentam algum peso à opinião do BoE de que, embora a economia provavelmente encolha nos primeiros três meses de 2021, uma implementação bem-sucedida da vacina e um aumento das poupanças domésticas durante os confinamentos poderão impulsionar uma recuperação acentuada em 2021. O economista chefe do BoE, Andy Haldane, disse que o Banco espera que o desconfinamento irá resultar com que os consumidores libertem cerca de £250 mM de poupanças que as famílias acumularam. É de notar que Boris Johnson está a ser pressionado para anunciar um alívio das restrições em março, altura que uma parte considerável da população já tiver sido vacinada. O ministro das finanças Rishi Sunak, que enfrenta o maior volume de dívida desde a Segunda Guerra Mundial, irá definir quanto tempo mais tenciona continuar com os apoios de emergência no orçamento anual a 3 de março.

Tecnicamente, após ter quebrado em baixa o suporte dos £0,8850 – mínimos de oito meses – o Eur/Gbp intensificou a perspetiva bearish para o curto-prazo, podendo vir a recuar até aos £0,8680 no curto-prazo, à medida que transaciona dentro do canal de tendência descendente.

| Eur/Usd recupera terreno; Comissão Europeia cortou previsões

O Eur/Usd recuperou das perdas da semana anterior, voltando a cotar acima dos $1,20. No velho continente, a Comissão Europeia reviu em baixa a previsão para 2021, citando a pandemia que continua presente de forma expressiva e os atrasos e percalços na vacinação como principais motivos. A instituição espera agora um crescimento do PIB de 3,8% este ano, face a 4,2% anteriormente. Estas previsões dependem "crucialmente" do pressuposto de que as restrições de contenção do vírus começarão a ser atenuadas no final do 2º trimestre e que deverão ser eliminadas em grande parte até ao final do ano. Apesar disto, existe algum otimismo moderado na ZE. Primeiramente, a chanceler alemã propôs uma reabertura gradual das lojas e hotéis do país no próximo mês, com a condição de que que a taxa de infeção de Covid-19 continue a diminuir e atinja níveis controláveis. Para além disto, os rendimentos das obrigações soberanas a 30 anos na ZE chegaram a estar todos de volta a território positivo a meio da semana (acabando, entretanto, por recuar), sendo este um sinal de que o pessimismo poderá estar a começar a desvanecer. Em território norte-americano, as atenções continuam voltadas para os estímulos propostos por Biden, com o mercado otimista de que serão aprovados, numa altura em que o Presidente se reúne com Governadores de vários Estados para obter apoio. Isto leva alguns economistas a reverem em alta as previsões de crescimento económico para este ano. Ainda nos EUA, os preços no consumidor subiram moderadamente em janeiro, tendo a inflação subjacente permanecido inalterada. O Departamento do Trabalho revelou que o seu índice de preços do consumidor aumentou 0,3% no mês passado, após uma subida de 0,2% em dezembro. Nos 12 meses até janeiro, os preços subiram 1,4% após os ganhos de 1,3% em dezembro.

A nível técnico, após os ganhos das últimas sessões, o Eur/Usd apresenta uma perspetiva mais bullish para o curto-prazo, tendo ressaltado no suporte dos $1,1950 na semana passada. O MACD também se encontra próximo de inverter o sinal de venda, reforçando a perspetiva bullish para o par. É assim esperada uma lateralização no intervalo dos $1,20 e $1,22, antes de um possível teste ao limite superior.

| Petróleo renova máximos de mais de 1 ano

Tendo valorizado cerca de 10% na semana passada, os preços do petróleo voltam a registar uma variação semanal positiva, ainda que mais ligeira, renovando máximos de mais de 1 ano. Os ganhos foram sustentados pelos cortes de oferta por parte de produtores chave e pelas expectativas de medidas adicionais de estímulos à economia dos EUA, que poderão impulsionar a procura por petróleo. A quebra nas reservas petrolíferas norte-americanas, que recuaram 6,6 milhões de barris na semana passada para o menor valor desde março de 2020, também contribuíram para a valorização da matéria-prima. Contudo, no final da semana, o petróleo apresentou uma pequena correção, na sequência de a EIA ter cortado as suas previsões para a procura da matéria-prima para este ano, tendo descrito o mercado como "frágil".

Tecnicamente, o crude quebrou a importante resistência dos $55. O "ouro negro" apresenta uma assim uma perspetiva mais bullish para o curto prazo, sendo possível um teste ao nível dos $60.

| Semana do ouro dividida entre ganhos e perdas

Após uma forte valorização no início da semana, o ouro corrigiu a maior parte dos ganhos, encerrando a semana com uma valorização praticamente nula. Os ganhos iniciais foram impulsionados sobretudo pela desvalorização do dólar, assim como pelas expectativas de estímulos para a economia dos EUA. Já as declarações de Jerome Powell, líder da Fed, nas quais referiu que a política monetária não é suficiente para restabelecer o mercado laboral na sua força plena, contribuíram para as quedas do metal precioso.

Tecnicamente, no início da semana, o ouro ressaltou no suporte dos $1800, realizando um novo teste à resistência dos $1850. Neste nível o metal precioso voltou a recuar, caminhando novamente para um teste aos $1800 no curto-prazo. O MACD continua a apresentar um sinal de venda, suportando esta perspetiva mais bearish do ouro para o curto-prazo.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
Ver comentários
Saber mais imf euro dólar edp crude ouro petróleo
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio