| Canadá criou mais emprego que o esperado em dezembro

A economia do Canadá criou quase 4 vezes o número de postos de trabalho previsto para dezembro e atingiu o seu valor mais elevado em quase 2 anos, com a criação de 90 900 postos de trabalho, face aos 25 mil esperados e 50.5 mil registados no mês anterior. Este aumento no número de postos de trabalho distribuiu-se por diversos setores de atividade. Adicionalmente, a taxa de desemprego do Canadá recuou inesperadamente em dezembro para os 6.7%, face aos 6.9% esperados e 6.8% registados no mês de novembro. As apostas para um corte de taxas de 25 pontos base na reunião de 29 de janeiro do Banco do Canadá diminuíram de 70% para 61% após a divulgação dos dados.

O Eur/Cad apresentou uma semana de perdas, tendo, após falhar o teste à resistência dos C$1.49, recuado em todas as sessões da semana. No final da mesma, o par acabou por encontrar um suporte perto dos C$1.475. Nas últimas semanas, o Eur/Cad tem transacionado perto da média móvel a 200 dias (verde), que ronda os C$1.4880.

| EUA: Nonfarm Payrolls acima do esperado em dezembro

O Relatório de Emprego dos EUA indicou que foram criados 256 mil empregos em dezembro (Nonfarm Payrolls), na sua maior leitura desde março de 2024, acima dos 160 mil esperados e da revisão em baixa para novembro de 227 mil para 212 mil empregos. A economia dos EUA criou 2.23 milhões de postos de trabalho em 2024, face aos cerca de 3 milhões de empregos que foram criados em 2023. A taxa de desemprego recuou para 4.1% em dezembro, face aos 4.2% esperados e registados em novembro. O crescimento dos salários médios por hora abrandou para 3.9%, face ao período homólogo, abaixo dos 4% esperados e registados em novembro. O mercado reforçou as expectativas de uma manutenção de taxas pela FED na próxima reunião, passando a atribuir uma probabilidade de 98% (93% antes). O dólar fortaleceu e as yields do Tesouro dos EUA a 10 anos e 30 anos reagiram em alta para máximos de novembro de 2023.

O Eur/Usd iniciou a última semana com uma subida ligeira, para perto dos $1.04. No entanto, o par caiu durante o resto da semana, ao ponto de, após o Relatório de Emprego dos EUA na sexta-feira, renovar mínimos de novembro de 2022 perto de $1.0215. Depois, o Eur/Usd estabilizou em torno de $1.0250. Com esta queda, o indicador MACD abriu mais o seu sinal de venda.

| Petróleo renovou máximos de outubro

O petróleo registou durante a maioria da semana um movimento horizontal, beneficiando das preocupações com a oferta da Rússia e do Irão, devido às sanções ocidentais, e das expetativas de uma procura chinesa mais robusta, mas recuando com a valorização do dólar e a forte subida dos stocks de combustíveis nos EUA. Na sexta-feira, o preço do petróleo disparou devido às preocupações com sanções à Rússia supramencionadas e aos dados do emprego dos EUA.

O preço do petróleo lateralizou até na quinta-feira passada, entre o suporte dos $72.5/barril e o nível dos $75/barril. No entanto, na sexta-feira a matéria-prima apresentou uma valorização significativa, ao ponto de renovar máximos de outubro de 2024 nos $77.85/barril, estabilizando depois em torno dos $76/barril.

| Ouro em máximos de 1 mês

O ouro começou a última semana com uma queda ligeira, enquanto o mercado aguardava pelos dados relevantes programados. Durante o resto da semana, o ouro valorizou, enquanto servia do seu estatuto de ativo de refúgio, beneficiando das preocupações com as políticas do novo presidente-eleito dos EUA, Donald Trump.

O preço do ouro iniciou a semana com uma queda ligeira, que depois foi compensada por 4 sessões consecutivas de ganhos. Deste modo, a matéria-prima renovou máximos de 1 mês ligeiramente abaixo dos $2700/onça.

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