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IMF – BCE manteve taxas inalteradas

BCE manteve taxas inalteradas; China cortou rácio de reservas bancárias; Petróleo em máximos de novembro; Ouro calmo aguarda pela reunião da FED.

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| China cortou rácio de reservas bancárias

O Banco Central da China (PBoC) anunciou um corte nos rácios de reservas bancárias obrigatórias, numa medida que se estima que possa vir a injetar cerca de 1 bilião de yuans ($140 mM) no sistema bancário da China e enviar um sinal de apoio a uma economia frágil e a mercados bolsistas em queda. O PBoC indicou que pretende implementar um corte de 50 pontos base, o maior dos últimos dois anos, no rácio de reservas obrigatórias (RRR) dos bancos chineses, a partir de 5 de fevereiro. Significa que os bancos podem emprestar mais, com as mesmas reservas. Além disso, no início da última semana, o PBoC decidiu manter as taxas de juro de referência inalteradas, de acordo com o esperado. A decisão surge após o PBoC ter surpreendido os mercados na semana anterior ao manter estável a sua taxa de médio prazo. Apesar de os dados recentes indicarem uma recuperação económica desigual na China e diversas pressões deflacionistas, o PBoC optou por manter as taxas de juro dos empréstimos a 1 ano em 3.45% e a 5 anos (que influencia o preço dos empréstimos à habitação) em 4.20%. A decisão em questão visa evitar pressões adicionais de depreciação sobre o yuan. A preocupação persistente com o yuan leva o mercado a especular que o PBoC poderá apenas retomar cortes nas taxas de referência quando a moeda recuperar.

Na última semana, o Usd/Cny desvalorizou até renovar mínimos de 3 semanas nos 7.1430 yuans e quebrar em baixa a linha de tendência ascendente que acompanha. No final da semana, o par apresentou um ligeiro ressalto, tendo regressado para perto dos 7.18 yuans.

| BCE manteve taxas inalteradas

O Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência inalteradas, o que era esperado. Ficou a saber-se que o Conselho de Política Monetária considera a discussão acerca de cortes nas taxas como "prematura". Em conferência de imprensa, Christine Lagarde, presidente do BCE, reiterou de que as decisões de cada reunião continuam dependentes dos dados divulgados e que é necessário avançar mais no processo de desinflação para o BCE poder estar confiante de que o objetivo será atingido de modo sustentável. Lagarde indicou que a situação no Médio-Oriente e no Mar Vermelho, podem vir a agravar a inflação, mas o tom geral foi muito mais no sentido de se esperar uma descida da inflação em 2024 do que o contrário. Também não houve grande esforço em afastar a perspetiva atual de mercado que continua a atribuir probabilidade elevada de um 1º corte de taxas em abril.

Numa outra nota, nos EUA, a economia cresceu mais rapidamente do que o esperado no 4º trimestre., enquanto o PIB cresceu a uma taxa anualizada de 3.3%, após ter avançado a um ritmo de 4.9% no 3º trimestre. Esperava-se um crescimento anualizado de 2%. É de mencionar que no 4º trimestre, os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade económica dos EUA, cresceram a uma taxa de 2.8%, após +3.1% no 3º trimestre. No ano de 2023, o crescimento da economia dos EUA foi em média de 2.5%.

Na semana passada, o Eur/Usd apresentou uma trajetória ligeiramente descendente, renovando mínimos de 6 semanas nos $1.0811 e quebrando em baixa a linha de tendência ascendente que acompanhava. Durante a semana, o par permaneceu principalmente entre os $1.0900 e $1.0800.

| Petróleo em máximos de novembro

Na última semana, o preço do petróleo foi apoiado por um crescimento económico dos EUA superior ao esperado, por sinais de que as medidas de apoio da China conseguiram melhorar a procura e pelas preocupações quanto ao conflito presente no Médio Oriente.

Na última semana, o petróleo deu continuidade à tendência ascendente que apresentou na semana anterior, quebrando em alta a resistência dos $75/barril e renovando máximos de 30 de novembro nos $77.57/barril.

| Ouro calmo, aguarda pela reunião da FED

Ao longo da última semana, o preço do ouro permaneceu estável enquanto e já aguarda pela reunião da FED desta semana para obter mais informações sobre o futuro da taxa de juro.

O ouro oscilou pouco, após a queda ligeira da semana anterior. Assim, o metal precioso permaneceu a transacionar entre os $2 000 e os $2 050 ao longo da semana.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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