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Mercados emergentes: Descubra novos países

Tal como há 500 anos os nossos descobridores deram novos mundos ao mundo, abra também os horizontes dos seus investimentos a terras longínquas. Mas não arrisque muito na "aventura".

27 de Julho de 2015 às 11:19
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Lucrar com o crescimento dos países emergentes é, desde há vários anos, uma hipótese ao alcance de qualquer investidor. De início, estes mercados de ações só estavam acessíveis aos investidores institucionais (bancos, seguradoras) ou para quem tivesse grandes fortunas. No entanto, com a venda em Portugal de um número sempre crescente de fundos de investimento, bastam algumas centenas de euros para aplicar em ações de empresas chinesas, brasileiras, indianas só para dar alguns exemplos. Nos maiores supermercados de fundos, como o ActivoBank, Best Bank e BiG encontra uma vasta oferta dedicada aos emergentes.

Saber escolher
Ora, este aumento da oferta das oportunidades de investimento é uma ótima notícia para os pequenos investidores. Contudo, não se deve deixar deslumbrar por tão grande facilidade. Pela sua natureza, as bolsas dos países emergentes são particularmente voláteis, ou seja, podem apresentar fortes subidas e quedas acentuadas. O elevado potencial de crescimento advém do facto de serem países com economias menos maduras, onde as instituições (políticas, legais, etc.) tendem a ser menos estáveis pois estão menos consolidadas. As próprias bolsas também ainda possuem, por norma, uma dimensão reduzida, pelo que a dependência dos investidores estrangeiros é elevada. As boas/más notícias levam a rápidos fluxos de dinheiro provocando oscilações consideráveis nas cotações das bolsas e também das respetivas divisas nos mercados cambiais. Em suma, investir em mercados emergentes tem um nível de risco muito superior a uma opção por mercados ditos desenvolvidos.

O risco está lá
A consciência do risco é uma condição indispensável antes de decidir avançar com este tipo de investimento. Não caia na tentação de ser atraído pelos ganhos colossais obtidos por muitos fundos emergentes nos últimos anos! Se o fizer arrisca-se a ter fortes dissabores. Ao invés, as nossas recomendações assentam nas perspetivas de crescimento futuro, tendo em conta o nível atual das cotações nas bolsas e o respetivo grau de risco. Além disso, as recomendações de compra de fundos emergentes devem inserir-se numa estratégia de investimento diversificado a longo prazo. A este propósito aconselhamos que consulte as nossas carteiras no site da Proteste Investe. Comprar apenas fundos emergentes é demasiado arriscado! Como poderá constatar cada país emergente não pesa mais do que 5% no total das carteiras, com exceção da China que, pela sua dimensão, permitimos que possa ir até 10%. E, naturalmente, não aplicamos em todos os emergentes e preferimos apenas as bolsas que consideramos reunir a melhor relação entre rendimento esperado e risco.

Os três preferidos
Atualmente, a China e a Indonésia estão presentes na maioria das nossas carteiras. A bolsa de São Paulo também está atrativa, mas as incertezas em torno do Brasil são grandes, sobretudo a médio e longo prazo. Por isso, nas carteiras a 10 anos, o fundo de ações brasileiras está apenas presente na versão neutra e agressiva. Veja, em baixo, alguns indicadores sobre estes países, bem como os fundos recomendados. Ainda no âmbito das nossas estratégias de carteira, encontra as ações de empresas indianas, mas somente na agressiva a 20 anos dado que o potencial da bolsa de Bombaim é menos interessante. Para este mercado recomendamos os fundos de ações Franklin India N e Goldman India Equity E.

A evitar
Entre os grandes países emergentes, a Rússia é o único que está atualmente fora das nossas recomendações. A queda do preço do petróleo, as sanções económicas do Ocidente e a incerteza em torno do conflito na Ucrânia tornam a bolsa de Moscovo extremamente arriscada.

Outras alternativas
À margem das carteiras propomos ainda duas alternativas emergentes para complementar uma estratégia já bem diversificada. É, contudo, uma opção apenas para quem está familiarizado com a negociação de fundos cotados, os exchange traded funds (ETF). Trata-se dos mercados acionistas mexicano e sul-africano, que consideramos corretamente avaliados. Aconselhamos, respetivamente, a compra em bolsa do iShares MSCI Mexico Capped Ucits ETF (ISIN: IE00B5WHFQ43) e do iShares MSCI South Africa Ucits ETF (ISIN: IE00B52XQP83). Os ETF são normalmente negociados em várias bolsas, devendo preferir aquela onde terá menores comissões de transação. Existem fundos cujas políticas de investimento abrangem vários países emergentes ou centram-se numa região específica. Os primeiros denominamos de emergentes globais e tendem a privilegiar normalmente os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Os outros centram-se, por exemplo, na América Latina, Europa de leste ou sudeste asiático. Qualquer destas categorias tem a vantagem de evitar que o investidor fique com uma exposição muito elevada a um país específico, mas também acabam por se dispersar por países que são potencialmente menos atrativos ou mais arriscados. Atualmente, com estas características apenas recomendamos o Fidelity Asean A que investe no sudeste asiático. Se quer apimentar a sua carteira pode dedicar-lhe até 5% das poupanças. 



China


2015
População: 1375 milhões
Evolução do PIB: +6,7%
Inflação: +1,2%
Desemprego: 4,1%

Fundo: Invesco Greater China Equity E

Locais de comercialização: ActivoBank, Best Bank, BiG

Rentabilidade média
5 anos: +12,9%
3 anos: +21,1%

O abrandamento económico da China constitui uma preocupação mundial. No entanto, as autoridades chinesas dispõem de vastos recursos para corrigir os desequilíbrios, colocando o consumo interno como motor do crescimento. As taxas de crescimento anual não voltarão acima de 10%, mas o potencial continua muito atrativo.



Indonésia


2015
População: 255 milhões
Evolução do PIB: +5,2%
Inflação: +6,8%
Desemprego: 5,8%

Fundo: Fidelity Indonesia A

Locais de comercialização: ActivoBank, Best Bank, BiG

Rentabilidade média
5 anos: +7,1%
3 anos: +5,3%

Um dos países mais populosos do mundo, a Indonésia tem potencial para ser um emergente de sucesso. A queda do preço do petróleo permite ao Estado libertar recursos dos subsídios para investimentos mais produtivos, como as infraestruturas essenciais para atrair investimento. No entanto, o caminho das reformas não será fácil.



Brasil


2015
População: 204 milhões
Evolução do PIB: -1,0%
Inflação: +7,8
Desemprego: 5,9%

Fundo: BNY Mellon Brazil Equity A EUR

Locais de comercialização: ActivoBank, Best Bank

Rentabilidade média
5 anos: -4,8%
3 anos: -7,3%

A economia brasileira atravessa um período de recessão que se tem refletido no mau comportamento da bolsa. Contudo, consideramos que aos níveis atuais das cotações e dado o potencial do Brasil, o mercado acionista oferece uma oportunidade de investimento a longo prazo. O risco é, contudo, considerável.




Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.
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