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Web Summit: Uma cerimónia de abertura com direito a aplausos e apupos

A cerimónia de abertura do Web Summit contou com 15 mil pessoas, entre elas o primeiro-ministro português. Paddy Cosgrave recebeu a chave da cidade de Lisboa. Mas houve também apupos e aplausos.

Bruno Simão
08 de Novembro de 2016 às 00:01
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Quando Paddy Cosgrave, CEO do Web Summit, subiu ao palco do Meo Arena para a cerimónia de abertura, já passava cerca de 30 minutos da hora marcada. Mas a plateia pareceu nem dar por isso. Brincadeiras com luzes e a "onda" que muitas vezes se vê nos estádios de futebol serviram para ocupar o tempo das cerca de 15 mil pessoas que marcaram presença na cerimónia de abertura.

"Lembro-me de que há seis anos só 400 pessoas apareceram [na primeira edição do Web Summit]. Agora temos mais de 53 mil. Obrigado a todos os que vieram dos quatro cantos do mundo para estarem aqui", começou por dizer Paddy Cosgrave. "Há cerca de um ano vim a Lisboa" e o que vi e senti "foi algo que nunca experienciei. Estamos tão contentes por estar cá", acrescentou.

António Costa, primeiro-ministro português, o segundo a pisar o palco, fez questão de referir que "durante estes dias Lisboa vai ser a capital do empreendedorismo, onde todos os assuntos relacionados com o empreendedorismo vão ser abordados". O chefe de Governo aproveitou ainda a oportunidade para dizer que este evento é uma oportunidade para transmitir a ideia de que Portugal é um local onde se pode investir.

Durão Barroso, antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia, interveio no segundo painel da tarde, onde recebeu alguns apupos, mas também alguns aplausos por parte do público. Durante a sua intervenção, Barroso defendeu que o resultado das eleições presidenciais nos Estados Unidos da América, que decorrem esta terça-feira, vão ser "importantes" para todos os que querem uma sociedade e uma economia aberta.

Num evento muito focado nas start-ups, duas das empresas mais conhecidas a nível nacional não podiam faltar. Jaime Jorge, líder da Codacy, start-up que venceu a edição do Pitch na edição de 2014 do Web Summit, e Miguel Santo Amaro, líder da Uniplaces, subiram assim ao palco na fase final da cerimónia acompanhados pelo secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos. Mas não ficaram sozinhos durante muito tempo. Pouco depois de uma breve apresentação dos dois empreendedores, Paddy Cosgrave chamou os restantes fundadores de start-ups presentes na sala ao palco do Pavilhão Atlântico, enchendo-o assim quase por completo.

Houve ainda tempo para questionar o secretário de Estado sobre o que se passava em Lisboa. "Há um antes e um depois" do Web Summit, assumiu João Vasconcelos. E recordou que costumava vir ao Meo Arena para ver concertos mas, agora, as "estrelas de rock" no palco são empreendedores.

A cerimónia terminou com Fernando Medina a dar a Paddy Cosgrave a chave da cidade de Lisboa.

Em relação ao wi-fi, um dos motivos que levou o evento a deixar Dublin, a apresentação de Paddy Cosgrave teve um percalço, mas que se deveu ao seu telemóvel, e não à rede, segundo a organização.

Para a edição deste ano, a organização aponta que estão em Lisboa mais de 53 mil pessoas, oriundas de mais de 160 países, para este evento. E que já não há bilhetes disponíveis. Foi em Setembro do ano passado que foi anunciado que Lisboa ia ser a "casa" do Web Summit na edição de 2016, 2017 e 2018. Há ainda a possibilidade de vir a realizar-se mais dois anos.

O Web Summit é considerado como um dos grandes eventos de empreendedorismo, inovação e tecnologia da Europa. Nasceu em 2010, em Dublin e lá ficou até ao ano passado. Entre os motivos que levaram a organização a deixar a capital irlandesa estiveram as infra-estruturas e também a fraca qualidade de wi-fi.
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