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Barroso diz que Europa tem "atitude negativa" face aos EUA

O antigo primeiro-ministro de Portugal e ex-presidente da Comissão Europeia esteve na Web Summit para falar da relação entre empreendedores e governos. Mas também foi tema.

O administrador da Goldman Sachs marcou presença nos dois primeiros dias do Web Summit Bruno Simão
08 de Novembro de 2016 às 11:47
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"Jose", como foi tratado pela moderadora da Web Summit, ia falar sobre o tema se seria um "casamento infernal" o que existe entre governos e empreendedores no segundo dia do Web Summit, em Lisboa.

 

Mas a pergunta, durante a sessão da manhã desta terça-feira no palco central do Pavilhão Atlântico (Meo Arena) foi para Durão Barroso: "acha que foi tratado de forma muito severa" por ter saído directamente da presidência da Comissão Europeia para o grupo Goldman Sachs?

 

José Manuel Durão Barroso optou pelo ataque: "tenho uma opinião diferente", disse. O facto de um assunto ter sido tratado como foi, o que inclui uma petição popular com várias dezenas de subscrições em desagravo pela atitude do anterior líder de Bruxelas, mostra, para Durão Barroso, "a atitude negativa" que a Europa ainda tem "face às instituições financeiras e americanas".

 

Mais à frente, no discurso, deixou cair as instituições financeiras, mas insistiu no argumento do antagonismo europeu anti-americano. "Ainda existe uma atitude europeia negativa na Europa face aos EUA - tudo é mau" quando vem de lá, insistiu várias vezes.

 

"Penso que isto é errado", defendeu, sobretudo num contexto de globalização em que o mundo actualmente vive, argumentou. E pensando talvez no TTIP (acordo comercial entre a União Europeia e EUA), o actual administrador não executivo do Goldman Sachs, antigo presidente da Comissão Europeia, deu o recente acordo comercial entre a União Europeia e o Canadá como bom exemplo de cooperação entre os dois lados do Atlântico.

 

Sobre a "guerra" entre a Comissão Europeia e grandes gigantes tecnológicos como a Google e Facebook, Barroso disse acreditar que Bruxelas não é "parcial", e defendeu ser a favor de uma concorrência forte. A questão, acrescentou, é que para um empreendedor que queira lançar o seu negócio, são "28 leis" diferentes a enfrentar - "não é possível". 

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