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Carlos Moedas fala em "empurrão" de 1.000 milhões para start-ups

A Comissão Europeia lançou um fundo de investimento para apoiar o crescimento de empresas, no qual a verba pública deverá ser minoritária face à privada, devendo ultrapassar os mil milhões de euros, anunciou o comissário Carlos Moedas.

08 de Novembro de 2016 às 12:26
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"É um novo fundo para empresas, que é um fundo para investir no crescimento das empresas na Europa. Hoje as empresas nascem na Europa, eu diria que é fácil criar empresas na Europa, mas depois começam a crescer e têm que ser vendidas muitas vezes a fundos norte-americanos ou outros porque nós não temos fundos de dimensão para investir nesse crescimento", disse aos jornalistas na Web Summit o comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas.

 

A partir de hoje e até Janeiro, a Comissão Europeia vai procurar a entidade que vai gerir o "fundo de fundos" e ter capacidade para captar dinheiro privado.

 

"Temos que investir para que [as empresas] fiquem na Europa. A ideia aqui é ter um fundo de mais de mil milhões de euros, que possa ter a capacidade de investir em montantes mais elevados", afirmou Carlos Moedas, que constatou que os fundos de investimento europeus têm, em média, metade do volume financeiro dos norte-americanos.

 

De acordo com o enquadramento distribuído pela Comissão Europeia aos jornalistas, aquela entidade vai investir até 400 milhões de euros, num máximo de 25% do total, enquanto o restante será avançado pelos parceiros privados.

 

"Isto significa investimentos adicionais de capital de risco até 1,6 mil milhões de euros, o que é um empurrão significativo, uma vez que o total de fundos de capital de risco captados no ano passado na União Europeia foi cinco mil milhões de euros. O investimento da União Europeia combina recursos do InnovFin do programa Horizonte 2020, do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos e do programa COSME", pode ler-se no documento de enquadramento.

 

Os objectivos deste novo fundo passam por "aumentar a dimensão dos fundos de capital de risco na Europa", "aumentar o investimento privado em capital de risco" e "ultrapassar a fragmentação".

 

A Web Summit de Lisboa, que arrancou na segunda-feira, conta com mais de 53.000 participantes, de 166 países, incluindo 15.000 empresas, 7.000 presidentes executivos e 700 investidores.

 

Entre os oradores, estão os fundadores e presidentes executivos das maiores empresas de tecnologia, bem como importantes personalidades das áreas de desporto, moda e música.    

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