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Paddy Cosgrave: Web Summit não "foge" de Lisboa por falta de obras

A Web Summit vai começar sem terem sido iniciadas as obras de ampliação do espaço, uma responsabilidade do Governo e da Câmara de Lisboa. O CEO do evento espera resolver a questão em janeiro e diz-se, para já, “feliz”.

Vítor Mota
30 de Outubro de 2019 às 18:38
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O CEO da Web Summit, Paddy Cosgrave, diz-se satisfeito com as condições em que o evento decorre este ano – isto é, com o espaço extra apoiado em estruturas temporárias. A falha de Portugal em cumprir com a promessa de avançar este ano com obras no recinto, não se afigura, para já, como um problema que leve a Web Summit a abandonar Lisboa.

A expansão do espaço da Web Summit foi uma das garantias dadas à organização do evento para que este se mantivesse em Portugal por mais dez anos. Confrontado com a hipótese de que as falhas a este nível levem a que o acordo caia, o CEO do evento responde que "não há nada que sugira isso neste momento".

Para já, Paddy Cosgrave diz-se focado "no jogo mais importante da época, que acaba de começar", referindo-se ao evento. A Web Summit decorre entre 4 e 7 de novembro. O responsável reitera que vai "rever tudo" com o Governo em janeiro, já "fora de época", seguindo a mesma analogia futebolística.

Questionado acerca dos prazos máximos que admite para a obra, o CEO diz que primeiro vai avaliar "como corre este ano".

Em relação ao possível impacto da solução temporária na qualidade da conferência, Cosgrave diz-se confiante de que "o evento correrá muito bem" e revela-se "muito feliz de momento". Se não fosse esse o caso, acrescenta, já o teria dito: "sou uma pessoa de vocalizar, não me contenho", afirma. No que toca a exigir possíveis compensações pelo incumprimento do contrato, o CEO insiste que "está tudo ótimo" e recusa-se a comentar cenários que considera "hipotéticos".

No ano passado, o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa assinaram um acordo com Paddy Cosgrave para que a Web Summit se realize em Lisboa por mais 10 anos. As partes concordaram com um investimento público de 11 milhões de euros por ano, ou seja 110 milhões no total, dos quais 8 milhões serão assegurados pelo Turismo de Portugal e pelo IAPMEI. Os restantes 3 milhões estão a cargo do Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa.

O dito acordo prevê ainda que o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa avancem com obras de ampliação da Feira Internacional de Lisboa (FIL), parte do espaço onde se realiza o evento. De acordo com a Fundação AIP – a dona da FIL – o objetivo é triplicar o espaço em dez anos, um plano que custará cerca de 150 milhões de euros, avançou o Expresso em março.

Mais recentemente, a Câmara de Lisboa tem procurado redefinir os prazos para a construção, adiando a conclusão de 2021 para 2022. As estruturas temporárias vão custar 4,7 milhões de euros à Associação de turismo de Lisboa, adiantou a Lusa.
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