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Fernando Medina quer "TAP num grupo maior que possa ajudar a companhia"

O ministro das Finanças esteve em palco na Web Summit, onde destacou o valor estratégico do evento para o país.

José Sena Goulão
04 de Novembro de 2022 às 12:37
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Fernando Medina falou há momentos sobre inovação e competitividade tecnológica de Portugal, acabando por endereçar também a Web Summit, o aeroporto e a TAP.

Num painel sobre como as finanças públicas apoiam a inovação, o ministro das Finanças começou por explicar que a ideia principal de trazer a Web Summit para Lisboa não foi a economia criada pelos três dias do evento, mas a do "valor estratégico" – que se provou enorme dado o desenvolvimento do ecossistema nacional, o crescimento das IT que tem sido visto nos últimos anos e que estará em parte associado a ligações criadas no evento.

Sobre as principais medidas fiscais tomadas pelo ministério que representa para encorajar inovação, Medina destacou os regimes e facilidades para trazer mais pessoas qualificadas para Portugal, como os de vistos. "Não somos o Sillicon Valley nem precisamos de ser comparados, mas precisamos de estar integrados no ecossistema" disse, destacando como medidas fiscais mais importantes as que façam as pessoas sentir-se confortáveis.

"Obviamente do lado fiscal temos de ter um sistema competitivo, não podemos ter um sistema que penalize empresas baseadas em Portugal", frisou, admitindo que o equilíbrio entre algumas medidas e as aplicadas a quem já cá vive é difícil.

"Precisamos de equilibro para que as pessoas não pensem que estamos a penalizar quem vive cá a vida toda e conseguir esse balanço francamente não é fácil" explicou, lembrando que conhecendo bem a economia portuguesa e a sociedade, é preciso acelerar a mudança de padrões.

"Precisamos de criar oportunidades para os jovens portugueses que estão a sair das universidades", disse. "Neste momento, o balanço é o que precisamos mas reconheço que não é um equilíbrio estável e sim um que temos de continuar a construir".

Sobre os problemas que alguns encontram a chegar ou sair de Portugal devido a constrangimentos com voos, Medina disse: "infelizmente não foi um dos nossos melhores momentos, o processo de construção do aeroporto", explicando que foi algo iniciado e decidido há décadas mas é um problema que está a ser endereçado.

Tudo o que aconteceu no campo do turismo e movimentações foi muito rápido, admitiu, sendo dificil fazer ajustes "mas tenho de reconhecer o óbvio: precisamos de melhores infraestruturas" frisou, dizendo esperar que o Governo consiga resolver esta questão.

Sobre o TAP, não quis adiantar detalhes mas disse que as mudanças em curso são para melhorar o valor da empresa: "a direção é criar a sinergia ou integração da TAP num grupo maior que possa ajudar a companhia a desenvolver-se e resolver os seus problemas", disse, lembrando porém que a questão do aeroporto é também importante nos constrangimentos de voos da companhia.

Sobre as criptoativos, Medina voltou ainda a defender a taxação, proposta pelo governo no próximo Orçamento de Estado.
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