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Costa Silva serena investidores estrangeiros e garante que "ninguém está acima da lei"

No que diz respeito à Lei da Startups, o ministro da Economia disse no fim da Web Summit que "a opção de atribuição de ações está a ser alargada, para ser possível não só para os colaboradores como também para diretores e fundadores".

Bárbara Silva barbarasilva@negocios.pt 16 de Novembro de 2023 às 19:04
No seu discurso de encerramento da Web Summit de 2023, o ministro da Economia, António Costa Silva, não evitou o tema do momento: a crise política em que Portugal está mergulhado na sequência da operação Influencer e da investigação do Ministério Público aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados de Sines, que levaram já à demissão do primeiro ministro António Costa e à convocação de eleições antecipadas e à marcação de eleições antecipadas para 10 de março. 

"Portugal está a viver uma crise política, mas é um país estável, onde a lei domina. Ninguém está acima da lei. Temos um sistema democrático consolidado e vamos seguir o nosso caminho em direção ao futuro", começou por dizer o ministro perante uma vasta plateia, no palco central da Web Summit.   

Aos investidores estrangeiros na sala deixou uma garantia: "Quero dizer a todos os investidores que somos um país seguro e que os dois principais partidos políticos que governaram o país nos últimos anos partilham uma visão pró-europeia, a favor da economia de mercado e da atração de investimento estrangeiro". 

Na avaliação do governante, "o país está a sair-se bem", já que em 2022 saltou da oitava para a sexta posição entre nos países da União Europeia em termos de atração de invesimento.

Costa Silva também quis serenar os empreendedores. "Para as startups temos uma lei muito competitiva e estamos a refiná-la. Este ano tivemos uma redução ainda maior em termos de carga fiscal. A opção de atribuição de ações está a ser alargada, para ser possível não não só para os colaboradores como também para diretores e fundadores. E quanto ao regime dos não residentes, estamos a corrigi-lo no Orçamento para 2024, para abranger os trabalhadores das startups", assegurou, sublinhando: "Estamos a olhar para o futuro".  

Sobre a edição de 2023 da Web Summit, o ministro da Economia disse tratar-se de "um grande sucesso" e deu os parabéns à nova CEO, Katherine Maher, que substituiu Paddy Cosgrave apenas duas semanas antes do evento. 

O governante destacou os números da oitava edição do evento que se realiza em Lisboa: mais de 70 mil participantes de todo o mundo, mais de 900 oradores, mais de 900 investidores e 2600 startups. 

"A Web Summit foi criada para as startups e para o empreendedorismo, para criar uma atmosfera de partilha de ideias. E Portugal tem um ecossistema vibrante, com mais de 4.000 startups e mais de 100 incubadoras. Nos últimos sete anos, a atração de venture capital no país aumentou 25 vezes", sublinhou.  

Num tom mais inspiracional, Costa Silva garantiu que "a energia criativa sentida ao longo dos últimos dias prolongar-se-á até ao próximo ano". 

"Estamos a viver num mundo perturbado, muito fragmentado e polarizado. Lisboa e a Web Summit são uma grande plataforma de esperança, de encontro de pessoas de todo o mundo, para desenvolver novas ideias e desafiar os problemas do nosso tempo.  Não desistam dos vossos sonhos. São histórias inscríveis. Uma ideia pode mudar o mundo", disse.
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