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Salvação do Museu da Vida de Cristo nas mãos de associação religiosa
A proposta de 5,3 milhões de euros pelo falido Museu da Vida de Cristo, apresentada por uma associação religiosa portuguesa no leilão deste activo, que decorreu esta quarta-feira, em Fátima, “já está devidamente formalizada”, confirmou a leiloeira ao Negócios.
Na passada quarta-feira, 2 de Maio, a leiloeira do edifício do Museu da Vida de Cristo, em Fátima, anunciou que tinha existido uma proposta de 5,3 milhões de euros para a totalidade dos bens, mas que a mesma não tinha sido devidamente instruída, pelo que iria esperar 12 horas pela "formalização da proposta", que partiu de uma associação religiosa portuguesa.
Contactada a Leilosoc, fonte oficial da leiloeira adiantou ao Negócios que "o cheque caução de cinco mil euros, obrigatório no acto de inscrição no leilão, foi entretanto entregue, pelo que a proposta de 5,3 milhões de euros já está devidamente formalizada", prosseguindo agora o processo para a assinatura do contrato promessa de compra e venda do imóvel.
A proposta abrange a totalidade do complexo da Vida de Cristo, que inclui não só o edifício do museu, com 210 figuras de cera, distribuídas por 33 cenas, o mesmo número de anos que viveu Jesus, mas também os 16 estabelecimentos comerciais da Porticus Galerias e parque de estacionamento com dois pisos.
No leilão houve o registo de oferta para quatro das 16 lojas, mas a sua eventual venda ficou condicionada à concretização da proposta global apresentada por uma associação religiosa portuguesa.
Resultante de um investimento de 12 milhões de euros, o Museu da Vida de Cristo foi inaugurado em 2007 e está fechado há cerca de um ano, depois de os credores terem chumbado o Processo Especial de Revitalização (PER) da Vida de Cristo - Parques Temáticos, enviando a empresa para liquidação.
Em Outubro passado, houve uma primeira tentativa de venda do Museu da Vida de Cristo, por 7,5 milhões de euros, através da abertura de propostas em carta fechada, mas não foram recepcionadas propostas.
A Vida de Cristo faliu com uma dívida de 6,1 milhões de euros, dos quais cerca de quatro milhões à Caixa Geral de Depósitos.