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Páscoa em abril dita travagem do turismo português no primeiro trimestre

O turismo português continua a crescer, mas a um ritmo mais lento. A celebração da Páscoa fora do primeiro trimestre este ano, ao contrário de em 2018, também contribuiu para a travagem dos indicadores.

15 de Maio de 2019 às 11:40
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No primeiro trimestre de 2019, os indicadores do turismo nacional desaceleraram face ao mesmo período do ano passado, segundo os dados da atividade turística até março divulgados esta quarta-feira, 15 de maio, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Uma das justificações passa pela celebração da Páscoa em abril este ano, que em 2018 tinha sido em março.

De janeiro a março de 2019, o número de hóspedes cresceu 4%, abaixo do crescimento de 7,7% do mesmo período do ano passado. As dormidas aumentaram 0,7%, o que compara com 7,6% no primeiro trimestre de 2018. Já os proveitos totais desaceleraram para uma subida de 4,9% (14% há um ano). 

Estes números confirmam a tendência de travagem que se tem vindo a verificar nos últimos dados do turismo, após anos consecutivos de crescimento a dois dígitos. No entanto, há um fator que penaliza particularmente a comparação este ano: a Páscoa celebrou-se em abril ao passo que em 2018 tinha sido em março, o que prejudica a comparação homóloga do primeiro trimestre, tal como explica o INE. 

"Estes resultados estão condicionados pelos diferentes meses das épocas festivas face ao ano anterior, por um lado beneficiando do Carnaval em março de 2019 (no ano anterior em fevereiro), mas, por outro, sujeitos ao efeito base desfavorável da Páscoa em março de 2018 (no corrente ano celebrada em abril)", assinala o gabinete de estatística. Para a análise do primeiro trimestre o efeito do Carnaval deixa de ser relevante uma vez que se celebrou dentro do período considerado.

Em termos de estabelecimentos, o alojamento local destacou-se ao registar o crescimento percentual (3,1%) mais expressivo no arranque de 2019. Não é possível comparar com a evolução no primeiro trimestre de 2018 porque nessa altura o INE não desagregava esta componente. 

Tal como já aconteceu no ano passado, foi decisivo o contributo do mercado interno: "No primeiro trimestre do ano, registou-se um aumento de 0,7% nas dormidas totais, impulsionado pelo contributo positivo apenas dos residentes (+2,3%), dado que os não residentes pouco variaram (-0,1%)", esclarece o INE.

Quanto a destinos por regiões do país, o destaque vai para a subida do Alentejo (5,4%) e da região Norte (4,1%). O Centro, o Algarve e a Madeira registaram quedas nas dormidas. 
Numa desagregação ainda maior, por município, o gabinete de estatística mostra (ver gráfico acima) que Lisboa dominou a quota de dormidas durante o primeiro trimestre, seguindo-se o Funchal, Albufeira e só depois o Porto.
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