Notícia
Hotelaria perde 3,27 mil milhões num ano em que metade das reservas foram canceladas
As receitas da hotelaria caíram mais de 70% em 2020, num ano em que 48% das reservas foram canceladas. A retoma começa este ano, mas ainda de forma tímida.
No ano em que a pandemia obrigou à paralisação das viagens internacionais e ao encerramento dos estabelecimentos turísticos durante vários meses, a hotelaria nacional viu quase metade das reservas a serem canceladas, acabando por perder mais de 3 mil milhões de euros em receitas. A retoma é esperada para 2021, mas de forma tímida e só a partir do segundo semestre.
O balanço é feito pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e consta dos resultados do mais recente inquérito realizado aos associados. As perdas são significativas, mas já eram esperadas. Em 2020, a hotelaria nacional registou uma taxa de ocupação média de 25,97%, valor que fica mais de 43 pontos percentuais em relação ao que tinha sido registado em 2019.
O impacto da pandemia foi sentido, em particular, nos Açores, onde a taxa de ocupação média foi de 17,7%, a mais baixa de todo o país. Mesmo assim, a perda mais significativa de ocupação, superior a 55 pontos percentuais, verificou-se em Lisboa, onde a taxa de ocupação média acabou por se fixar em 21,7% em 2020. Já o Alentejo apresentou-se como a região mais resiliente, com uma taxa de ocupação de 41,6%, que corresponde a uma perda de 20,9 pontos percentuais.
A acompanhar a queda da ocupação, também os preços praticados pela hotelaria caíram, ainda que não de forma tão acentuada. "A hotelaria não esteve em saldo", garantiu Cristina Siza Vieira, diretora executiva da AHP. O preço médio fixou-se em 86 euros, o que equivale a uma quebra de cerca de 20% em relação a 2019.
Contudo, ressalva a associação, este valor corresponde aos preços praticados apenas enquanto os estabelecimentos hoteleiros estiveram abertos. Considerando todo o ano, que abrange largos períodos em que a hotelaria esteve encerrada, "o rendimento médio por quarto disponível tinha sido de 22 euros, para termos uma ideia de quão ineficiente foi a operação hoteleira", apontou Cristina Siza Vieira.
Estes números são registados num ano que a hotelaria foi forçada a flexibilizar as soluções apresentadas aos clientes. Em 2020, 61% das reservas eram reembolsáveis e, ao todo, 48% das reservas acabaram mesmo por ser canceladas a nível nacional.
Feitas as contas, as receitas totais da hotelaria caíram 72,7% em relação ao ano passado, quanto tinham sido registadas receitas próximas de 4,5 mil milhões de euros. A hotelaria perdeu, assim, cerca de 3.270 milhões de euros em 2020.
A retoma será iniciada já este ano, mas de forma muito tímida. A larga maioria dos inquiridos antecipa que a taxa de ocupação irá começar a registar melhorias a partir do segundo semestre deste ano e o mesmo é esperado em relação às receitas.
Por outro lado, continua a ser esperado um número significativo de cancelamentos de reservas e, ao contrário do que era esperado, o início dos processo de vacinação não teve, para já, um impacto notório no aumento de reservas.
Neste cenário, a maioria dos hoteleiros (48%) só espera atingir os níveis de atividade registados em 2019 a partir do segundo semestre de 2022 ou do primeiro semestre de 2023. E há ainda outros 24% que só antecipam este regresso a partir de 2014.
O balanço é feito pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e consta dos resultados do mais recente inquérito realizado aos associados. As perdas são significativas, mas já eram esperadas. Em 2020, a hotelaria nacional registou uma taxa de ocupação média de 25,97%, valor que fica mais de 43 pontos percentuais em relação ao que tinha sido registado em 2019.
A acompanhar a queda da ocupação, também os preços praticados pela hotelaria caíram, ainda que não de forma tão acentuada. "A hotelaria não esteve em saldo", garantiu Cristina Siza Vieira, diretora executiva da AHP. O preço médio fixou-se em 86 euros, o que equivale a uma quebra de cerca de 20% em relação a 2019.
Contudo, ressalva a associação, este valor corresponde aos preços praticados apenas enquanto os estabelecimentos hoteleiros estiveram abertos. Considerando todo o ano, que abrange largos períodos em que a hotelaria esteve encerrada, "o rendimento médio por quarto disponível tinha sido de 22 euros, para termos uma ideia de quão ineficiente foi a operação hoteleira", apontou Cristina Siza Vieira.
Estes números são registados num ano que a hotelaria foi forçada a flexibilizar as soluções apresentadas aos clientes. Em 2020, 61% das reservas eram reembolsáveis e, ao todo, 48% das reservas acabaram mesmo por ser canceladas a nível nacional.
Feitas as contas, as receitas totais da hotelaria caíram 72,7% em relação ao ano passado, quanto tinham sido registadas receitas próximas de 4,5 mil milhões de euros. A hotelaria perdeu, assim, cerca de 3.270 milhões de euros em 2020.
A retoma será iniciada já este ano, mas de forma muito tímida. A larga maioria dos inquiridos antecipa que a taxa de ocupação irá começar a registar melhorias a partir do segundo semestre deste ano e o mesmo é esperado em relação às receitas.
Por outro lado, continua a ser esperado um número significativo de cancelamentos de reservas e, ao contrário do que era esperado, o início dos processo de vacinação não teve, para já, um impacto notório no aumento de reservas.
Neste cenário, a maioria dos hoteleiros (48%) só espera atingir os níveis de atividade registados em 2019 a partir do segundo semestre de 2022 ou do primeiro semestre de 2023. E há ainda outros 24% que só antecipam este regresso a partir de 2014.